Pandemia

Alemanha terá 'meses difíceis' por Covid-19, diz Instituto Koch

Na sexta-feira, o instituto RKI (na sigla em inglês) registrou 48.640 novos casos e 191 mortes em 24 horas. 

Campanha de vacinação na Alemanha - Thomas Kienzle/AFP

Em meio a uma quarta onda de Covid-19, a Alemanha tem de se preparar para "semanas e meses difíceis" - alertou nesta sexta-feira (12) o presidente do instituto de saúde Robert Koch, Lothar Wieler, que pede o aumento das restrições. 

Os casos de contágio aumentam de maneira drástica nos últimos dias no país. Na sexta-feira, o instituto RKI (na sigla em inglês) registrou 48.640 novos casos e 191 mortes em 24 horas. 

Wieler soou o alarme. "Temos que presumir que a situação vai continuar piorando em toda Alemanha" e que esta evolução "não pode ser contida sem novas medidas", alertou ele, em entrevista coletiva em Berlim.

"Semanas e meses difíceis nos esperam (...)", afirmou, manifestando sua preocupação com uma situação já tensa em alguns hospitais, por falta de pessoal médico. 

Wieler pediu que se limite os contatos em locais públicos e fez um apelo aos alemães não vacinados que deem se imunizem. Na Alemanha, a vacinação não é obrigatória.

Em torno de 67,4% da população está totalmente vacinada, muito longe da meta de 75%. 

Wieler pede que as tradicionais feiras de Natal e a temporada do carnaval sejam cancelados.

Na mesma entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Jens Spahn, afirmou que um novo confinamento deveria "continuar sendo uma opção, pelo menos no nível regional (...)". 

Na próxima quinta-feira, o governo e as autoridades regionais, responsáveis pela área da saúde, vão-se reunir para definir as medidas a tomar. 

A nova onda da Covid-19 chega em um momento politicamente sensível. O governo em final de mandato da chanceler Angela Merkel está à frente, enquanto se forma uma coalizão de três partidos sob a liderança dos socialdemocratas, vencedores das últimas eleições.