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Pré-natal ajuda a reduzir os riscos de um parto prematuro

Parto prematuro pode causar prejuízos no desenvolvimento do bebê

A obstetra Fernanda Maranhão orienta sobre a importância de um pré-natal para evitar um parto prematuro - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O nascimento de uma criança é um dos momentos mais aguardados pelas gestantes. De acordo com a Medicina Fetal, o tempo ideal que um bebê deve permanecer dentro do útero da mãe é de 37 a 40 semanas, período que corresponde aos nove meses. Para que a gravidez perdure o necessário, ela requer muita atenção e acompanhamento médico especializado.

(VÍDEO) Saiba quais complicações que o  nascimento do  bebê antes do tempo ideal pode causar

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade foi a principal causa de mortalidade infantil no mundo em 2019. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que 11,7% dos partos ocorrem antes do esperado, ou seja, antes de a gestação completar 37 semanas, o que pode provocar complicações, principalmente para o recém-nascido.

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Folha de Pernambuco · 10.11.21 - Canal Saúde - Obstetra Fernanda Maranhão alerta para a importância do pré-natal adequado

Obstetra e especialista em Medicina Fetal, Fernanda Maranhão alerta que são vários os fatores que podem levar a um parto prematuro, alguns menos severos, que podem ser facilmente contornados com o pré-natal, e outros mais perigosos, em que o acompanhamento prévio não consegue evitar a prematuridade, mas tenta minimizar as consequências desta.

"Os principais riscos estão associados à medida do colo do útero — também conhecido como comprimento cervical. O colo uterino precisa estar acima de 25 mm para que consiga manter o útero fechado e sustentar o feto até, no mínimo, as 37 semanas. Um colo curto, que apresente uma medida menor que a necessária aumenta e muito o risco da prematuridade", explicou Fernanda, que ainda elencou hipertensão, diabetes e infecções urinárias como comorbidades que também podem antecipar o parto.

Mércia Barbosa, 42, deu à luz uma criança prematura, naquela que era a sua primeira gravidez. O pequeno Joshua veio ao mundo quando sua mãe tinha acabado de entrar no sexto mês. Por conta disso, foi considerado um prematuro extremo. Apesar da idade, e por não ter tido filho anteriormente, uma das causas do parto prematuro de Mércia foi uma infecção urinária.

"Por engravidar 'tardiamente', intensifiquei os cuidados. Meus exames não apontavam risco para um parto prematuro, apesar da minha idade, e as minhas taxas estavam em dia. Mas na mesma semana que tive uma infecção urinária, a minha bolsa rompeu", relatou Mércia. O bebê nasceu e está bem, apesar de ainda estar sob cuidados hospitalares. Nele, as atenções médicas são voltadas para alguns problemas respiratórios, já que o pulmão ainda não estava totalmente formado quando ele nasceu. Além de distúrbios respiratórios, como o pequeno Joshua apresentou, podem ser consequências de um parto prematuro hipoglicemia, hemorragias, temperatura instável, icterícia (coloração amarelada na pele) e leucomalácia (uma espécie de lesão cerebral).

Os tratamentos para riscos de prematuridade variam entre mudança comportamental, como o repouso, além de tratamento medicamentoso ou cirúrgico, tudo, claro, dependendo da condição do grau de risco. Além do acompanhamento da gestação, a especialista em medicina fetal indica, caso seja possível, consultas pré-concepcionais, para se antecipar ainda mais a possíveis comorbidades.

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