Audiovisual

Recifest abre temporada de curtas que participam das Mostras Competitivas

Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero (Recifest) tem edição com programação híbrida

Acesso é um dos curtas do evento - Foto: Divulgação

O 8º Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero (Recifest) exibe a partir de hoje, em esquema híbrido, os curtas que participam das Mostras Competitivas. O formato presencial volta a acontecer depois que a pandemia suspendeu a programação física no ano passado. Agora, o Teatro do Parque recebe o público, de maneira gratuita, a partir das 19h, para a sessão de filmes que também estarão disponíveis no dia seguinte no Recifest Play, área do site oficial.

 



“Todo conteúdo fica disponível on-line por 24 horas. Isso dá a oportunidade de as pessoas também reverem os vídeos”, defende a jornalista e diretora geral do evento, Carla Francine, atenta às adaptações do período. “Para um espaço de quase mil lugares, trabalhamos com a média de 400 por dia para pessoas acima de 16 anos, com comprovação de vacina. Mas, de um modo geral, acredito que o Recifest não voltará a ser só presencial como antes. Na nossa edição especial, feita virtualmente, chegamos a alcançar 26 países”, completa.

Temáticas urgentes
Dos 240 curtas inscritos, 27 passaram pela curadoria formada por André Antônio, Anti Ribeiro e Felipe André Silva. Dez são produções pernambucanas. Todas foram lançadas a partir de janeiro de 2019, com duração máxima de 30 minutos. “A curadoria não se ateve a uma única temática, alguns filmes também debatem intolerância religiosa, por exemplo”, reforça Carla.

Os inscritos concorrerão aos prêmios de ‘Melhor Filme’ em duas categorias, sendo ‘Filme Pernambucano’ e ‘Filme Nacional’. A primeira é destinada aos curtas com produtoras e/ou diretores pernambucanos. Já a segunda categoria é para aqueles realizados em todo o território nacional. A escolha é feita por um júri oficial e pela escolha do público, feita através de formulário on-line. O prêmio de cada categoria é de R$ 2,5 mil. Depois da temporada na capital pernambucana, o Recifest aporta pela primeira vez no Sertão, mais precisamente nas comunidades de Arcoverde.

Espaço para o diálogo
Na essência do evento está o trabalho de expandir a pauta da diversidade para outros canais. Não à toa, a mostra também ganhou debates em  presídios e escolas públicas do Recife. “Estamos em um país legitimado à intolerância e entendemos que nossa presença educa. A arte educa”, afirma Manu Dias, coordenador de produção, endossado por Carla Francine: “Tanto que nossa luta é pelo respeito e não por tolerância”.

Programação estendida
Além disso, a programação lista o lançamento do livro “Três rapazes e um quarto”, de Biu da Silva, amanhã, além de várias atividades de formação que englobam oficinas, masterclasses e rodas de diálogos.
Na sexta (19), entram em cena oito produções do Canadá, Espanha, EUA, Índia e Peru. Já no dia 20, a mostra Div.A apresenta uma seleção especial de animações LGBTQIA+ atuais que estão sendo premiados em diversos festivais no Brasil e no exterior. Os dois momentos traçam um panorama de filmes com novas propostas cinematográficas e roteiros provocantes.

Ainda no dia 20, o documentário “Deus tem Aids”, dirigido por Fábio Leal e Gustavo Vinagre, será exibido no Teatro do Parque, abordando a história de sete artistas e um médico ativista com HIV, que oferecem novas imagens e perspectivas para lidar com a sorofobia no Brasil.
 
Mostras competitivas
Quando: até dia 20, das 19h às 22h
Local: Teatro do Parque (rua do Hospício, 81, Boa Vista)
Filmes on-line: recifest.com.br
Programação completa: recifest.com e @recifestoficial