Bolsonaro afirma que data de filiação ao PL pode ser adiada

Presidente afirmou que tem 'muita coisa a conversar' com Valdemar Costa Neto e que cerimônia de filiação não deve ocorrer no dia 22

Presidente Jair Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo (14), que ainda tem "muita coisa a conversar" com o ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido ao qual Bolsonaro estuda se filiar. Bolsonaro disse considerar "difícil" que a filiação ocorra no dia 22, como foi anunciado por Valdemar.

 

Bolsonaro e Valdemar reuniram-se no Palácio do Planalto na última quarta-feira. Após o encontro, o presidente da legenda afirmou que a filiação estava definida e que uma cerimônia seria realizada no dia 22 de novembro, em Brasília.

Agora, no entanto, Bolsonaro disse que a entrada no partido ainda não está definida:

"Quer saber a data da criança se eu nem casei ainda? Que data vai nascer a criança. Tem muita coisa a conversar com o Valdemar", disse o presidente, durante visita a uma feira de aviação em Dubai, de acordo com o portal G1.

De acordo com Bolsonaro,  o "casamento" pode "atrasar um pouco":

— Eu acho difícil essa data de 22. Tenho conversado com ele, e estamos em comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento para que ele não comece sendo muito igual os outros. Não queremos isso.

Na quarta-feira, antes do encontro com Valdemar, o presidente havia dito que ue a chance de entrar no partido era de 99,9%, mas que ainda faltava definir o palanque em São Paulo.

— Hoje vou conversar com Valdemar Costa Neto e acho que devemos bater o martelo. Só tem um pequeno detalhe que envolve São Paulo, que tem 30 milhões de eleitores, é o segundo maior PIB do país, depois da União. Se eu vier a disputar a reeleição, quero ter candidato ao governo de São Paulo, ao Senado e uma bancada de indicados (ao Congresso Nacional). Falta acertar esse pequeno detalhe com o Valdemar, que acredito que acerte hoje — disse Bolsonaro.

Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, quando deixou o PSL, legenda pela qual foi eleito. Nos últimos meses, além do PL, ele também vinha conversando com PP e Republicanos. As três siglas fazem parte do bloco conhecido como Centrão.

Valdemar Costa Neto foi condenado a sete anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito do esquema do mensalão.