Inflação

Governo vê inflação de 9,7% e PIB menor neste ano

Mesmo com corte na previsão para atividade econômica, estimativa do Ministério da Economia é mais otimista que a do mercado

Economia - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo revisou suas expectativas para o desempenho da economia e, agora, prevê que a inflação fechará este ano com uma alta de 9,7%, próximo das estimativas do mercado financeiro e superior aos 7,9% de IPCA previstos anteriormente.

O Ministério da Economia também prevê que o PIB irá crescer 5,1%, número mais otimista que as expectativas de economistas. Esse número representa um recou nas previsões do governo, que antes previa uma alta de 5,3%.

A revisão das estimativas do Ministério da Economia foi divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia. Para 2022, o governo federal estima que o PIB irá subir 2,1% e a inflação continuará alta, crescendo a 4,7%. Mas muitos analistas avaliam que o país terá recessão no ano que vem.
 

A previsão da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o desempenho da atividade econômica em 2021 está acima do mercado, que estima um crescimento de 4,8% neste ano e 4,79% no próximo ano.

Boletim da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia cita o preço alto das comodities, com destaque para os valores da energia, alimentos e metais industriais. “A inflação de itens que não são apenas de alimento e energia tem assolado diversos países”, diz a SPE.

Para a Economia, o principal fator interno para redução das estimativas de atividade é a deterioração das condições financeiras locais, com aumento de juros.

“Caminho semelhante foi percorrido pela taxa de câmbio, cuja depreciação levou a taxa para valor próximo a R$/US$ 5,70. No entanto, observa-se que, apesar do patamar elevado, as condições financeiras amainaram em relação aos topos”, diz o boletim da SPE.