Evolução defensiva consolida Ewerthon como titular no Sport
Atacante na base, o hoje lateral-direito do Leão na Série A explica importância de Florentín em seu progresso
Atacante de origem nas categorias de base, o início de Ewerthon entre os profissionais se marcou pelas investidas ofensivas. Já era lateral quando passou a integrar o time de cima do Sport, no Campeonato Pernambucano de 2020, quando Guto Ferreira e a diretoria optou por escalações mescladas no estadual.
Após a parada do futebol em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o camisa 66 retornou ao sub-20 do clube e só voltou a atuar na equipe principal com o treinador Jair Ventura, na Série A. A priori substituto do também lateral Patric, Ewerthon só conseguiu emplacar uma sequência atuando mais avançado, no lado direito do ataque rubro-negro, one seguiu até o fim da temporada.
2021
Para 2021, o jovem de 21 anos foi emprestado ao CSA/AL, para a disputa da Série B e do Campeonato Alagoano, onde passou cerca de um mês. Seu retorno ao Sport partiu do próprio clube, que viu a situação financeira como um empecilho para reforçar o setor e optou pela solicitação de sua volta.
Sofrendo com lesões e falta de oportunidades com Umberto Louzer, Ewerthon só atuou em uma ocasião com o antigo técnico, na vitória diante do Bahia, pelo primeiro turno da Série A. Entrando nos acréscimos, substituiu Paulinho Moccelin na direita do ataque,
Com Gustavo Florentín, o lateral retornou aos gramados durante a derrota para o Fortaleza, entrando na vaga de Hayner. Com boa atuação e seu concorrente vivendo momento delicado com a torcida por seu desempenho, terminou a partida com saldo positivo, mesmo com a derrota no placar. Na sequência da Série A, da vitória diante do Grêmio até o momento, Ewerthon soma 11 jogos seguidos entre os titulares e seus números mostram sua solidez defensiva.
EVOLUÇÃO NA DEFESA
Antes seu calo, o desempenho defensivo passou a ser o trunfo de Ewerthon com Florentín. Analisando os números dos jogadores do Sport no Campeonato Brasileiro atual, o lateral-direito é o jogador com a maior média de desarmes por partida (2.31/J), o segundo com mais interceptações (1.38/J), o quarto em cortes (2.69/J) e o 0.62 dribles sofridos por jogo.
“Quando eu subi para o profissional era um lateral que atacava muito, não pensava muito em defender, porque eu sempre fui atacante e não me importava muito com isso. Quando eu voltei do time que eu fui emprestado (CSA/AL), vi que eu estava precisando muito disso. Já fui muito criticado por não saber marcar, eu estava pensando muito nisso e me foquei nessa parte de marcação e graças a Deus venho evoluindo”, analisou Ewerthon.
Para o atleta, o técnico paraguaio foi decisivo em sua evolução defensiva.
“É uma relação muito boa, porque ele já foi lateral e me dá muitos conselhos. Posso falar que ele é, não só pra mim, como os demais atletas da base, como se fosse um pai. Porque quando ele vê a gente fazendo alguma coisa errada, ele vem e puxa a orelha, dá conselho com o jeito dele de ser durão, e eu acho isso muito bom. Ele quer puxar o máximo da gente porque sabe o que a gente pode dar, e eu acho isso muito legal”, explicou.