Políticos

Pesquisa: Moro aparece como terceiro político com maior mobilização no Twitter

Segundo pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo

Ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro - Evaristo Sa / AFP

Após se filiar ao Podemos, na semana passada, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro passou a figurar como o terceiro nome de político que mais mobiliza o Twitter, segundo levantamento do coordenador do Laboratório de estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo, Fabio Malini.

O pesquisador aponta que Moro mobilizou 11 mil usuários, desde que se filiou ao Podemos, na semana passada, apresentando-se como opção de candidatura à Presidência nas eleições de 2022. Mas pondera que esses dados não são suficientes para saber se esses usuários darão musculatura política ao ex-ministro.

Malini ressalta que a base de Moro na rede social não é tão significativa quanto a do presidente Jair Bolsonaro e do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que costumam movimentar de 70 a 100 mil usuários. Ainda assim, o pesquisador analisa que o ex-juiz conseguiu, em pouco tempo, um bom destaque na rede social.

— Mas ele tem uma boa resiliência. Diferente do Ciro, ele conseguiu mobilizar usuários que têm mandato, têm assessoria, um pessoal que vem de movimento político. Tem um arranjo que faz ressoar e ecoar o perfil dele. É interessante porque ele conseguiu criar um terceiro elemento no meio da polarização — diz Malini.

No início do governo Bolsonaro, o ex-juiz foi nomeado ministro da Justiça, mas deixou o cargo em abril de 2020. Agora, Moro se lança na política e se apresenta como um dos nomes da chamada terceira via.

O ex-ministro se filiou ao Podemos na semana passada e nessa quarta-feira anunciou que o ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore é parte de seu grupo de conselheiros para discutir os problemas econômicos do Brasil.

Em recentes articulações políticas, Moro tem defendido a liberdade de imprensa, o combate à desigualdade social e à corrupção. Nesta quinta-feira, o ex-juiz também afirmou que “existem pessoas boas no Centrão” e disse que está disposto a conversar com políticos de todos os espectros, com exceção do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula.