Audiovisual

Filmes sobre o caso Richthofen abrem portas para o ator Leo Bittencourt

Após interpretar Daniel Cravinhos, artista poderá ser visto em produções da Netflix e do Globoplay

Leo Bittencourt, ator - Reprodução/Instagram

A estreia dos filmes “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais” movimentou discussões nas redes sociais e mudou a vida de Leo Bittencourt. Ao interpretar Daniel Cravinhos nos longas-metragem sobre o Caso Richthofen, o ator manauara de 27 anos teve sua carreira alavancada, abrindo espaço para novas propostas. Em entrevista à Folha de Pernambuco, ele falou sobre o trabalho nos dois filmes.

“Me proporcionou grandes alegrias, seja pela troca com o público, a reação das pessoas com a minha interpretação e, também, a repercussão positiva diante dos olhos de pessoas relevantes no mercado audiovisual. Está sendo bem gratificante todo feedback, e é único este momento para mim. Passa um filme na minha cabeça e me lembro de toda entrega artística, psicológica e física que experimentei. Há uma intensidade diferente quando se é protagonista, ainda mais em histórias com essa carga emocional. E nas redes a opinião do público também se reflete. Recebo muitas mensagens carinhosas e que me animam”, comenta. 

Disponíveis no Amazon Prime Video, as duas produções narram os acontecimentos que levaram às mortes de Manfred e Marísia Von Richthofen, em 2002, a partir de diferentes pontos de vista. Suzane, filha do casal planejou o assassinato junto com o namorado, Daniel, e o irmão dele, Cristian. O crime ganhou grande repercussão midiática, mas Leo tinha apenas 8 anos na época. “Eu não entendia direito o que tinha acontecido”, relembra.
 

Após passar 16 anos na prisão, Daniel Cravinhos cumpre o restante da pena em liberdade. Para dar vida ao personagem, no entanto, Leo não teve contato direto com o autor do crime. “Eu me baseei nos roteiros e workshops que tivemos sobre o caso, que foram todos pautados sob a ótica dos autos do processo. Nos preparamos por mais de três meses antes das gravações”, revela.

O ator conta que, desde que recebeu o convite para o papel, já imaginava a repercussão que ele teria e se preparou para isso. “Durante as gravações, nós reproduzimos os atos descritos, o que demandava muito preparo, sobretudo psicológico e emocional. Histórias como essa ficam no imaginário coletivo e cada um acaba tendo sua interpretação. De alguma forma, mexe com nossas emoções, porque estamos, além de apresentando uma narrativa densa, falando de problemáticas sociais”, pontua. 
 

"A Menina que Matou os Pais" (Foto: Divulgação)

As cenas do crime e do tribunal foram eleitas por Leo como as mais difícil execução. “Foram muito mais intensas e precisei focar nas diferenças do personagem em cada versão. A exaustão física e mental acabaram sendo um caminho necessário para contar o desfecho das duas versões do personagem. Gravamos essas cenas nos últimos dias e me lembro do clima, da energia e da concentração redobrada da parte de todos”, compartilha.

Após a estreia dos filmes, Leo recebeu convites para outros protagonistas, mas ainda não revela detalhes sobre os projetos. O ator tem, pelo menos, dois novos trabalhos confirmados. Ele estará em “Temporada de Verão”, série da Netflix que traz nomes como Giovanna Lancellotti e Jorge Lopez. Também integra o elenco da próxima temporada de “Sob Pressão”, interpretando um médico residente, no Globoplay.