Quem tem problemas cardíacos também pode se exercitar; veja as dicas
A prática não só é liberada, como também é recomendada e ajuda a controlar a doença
Durante algum tempo, a ideia de que cardiopatas não poderiam realizar atividades físicas era bastante comum. No entanto, a prática não só é liberada, como também é recomendada e ajuda a controlar a doença. Isso, claro, quando bem supervisionada.
De acordo com o cardiologista Edmar Freyre, do Hospital Jayme da Fonte, um paciente com problemas cardiológicos precisa observar, junto ao seu médico, se as condições clínicas são favoráveis.
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"A liberação médica precisa ser levada em consideração. Pois da mesma forma que a atividade física melhora a doença quando esta já está controlada, o contrário também é verdade, ou seja, se o paciente estiver descompensado, a probabilidade de ocorrer um evento cardíaco é maior", explicou Edmar.
Ainda segundo o cardiologista, exames como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, mapa de pressão, tomografia e ressonância do coração são fundamentais para o mapeamento dos problemas existentes no paciente, bem como para o direcionamento de cada atividade.
Atividades recomendadas
O personal trainer Jonathan Andrade tem vários pacientes, entre jovens e idosos, com problemas cardíacos. "Existem casos que só de elevar o braço, já detectamos uma elevação da frequência", relata.
Jonathan explica que o aluno é avaliado cuidadosamente e recebe uma série de exercícios condizente com a necessidade e com a condição dele. "A individualidade biológica é sempre respeitada. Geralmente, começamos com exercícios básicos, mas rotineiros", detalhou, que monitora a frequência cardíaca de seus alunis antes, durante e depois do treino.
"Conforme esse aluno vai evoluindo, vamos aprimorando a série, com periodizações. E em pouco tempo, ele vai conseguir fazer uma esteira, uma bicicleta ou um polichinelo, sem que isso atrapalhe o seu dia a dia", completou.
Identificando os problemas
Embora seja mais prevalente em idosos, pessoas mais jovens também podem apresentar alterações na frequência cardíaca. Como nem sempre essas complicações são crônicas, ou seja, podem ser ocasionais, vale a atenção para alguns sinais de alerta, conforme ressalta o cardiologista Edmar Freyre. "Falta de ar ao realizar esforços, sensação de pressão no peito, palpitações, tonturas ou desmaios, além de inchaço nos membros inferiores, são motivos suficientes para visitar um cardiologista."
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