'O convite a Bolsonaro está feito, mas têm regras aqui', diz viúva de Levy Fidelix, à frente do PRTB
Aldinéa preside a sigla desde a morte do marido, e mesmo sabendo da conversa avançada com o PL, oferece abrigo ao presidente em sua legenda
À frente do PRTB, legenda que não tem representantes na Câmara dos Deputados e ficou nacionalmente conhecida por causa de Levy Fidelix, o candidato do “aerotrem”, Aldinéa Fidelix ainda nutre a esperança de ver o presidente da República, Jair Bolsonaro, ingressar em sua legenda. Viúva de Fidelix, a comandante da sigla, estreante na função, ofereceu ao chefe do Planalto a possibilidade de indicar 90% dos candidatos ao Senado, de 70% a 90% dos nomes a governador e até mesmo o controle dos diretórios estratégicos.
"O convite ao presidente está feito, mas têm regras aqui" diz Aldinéa, em entrevista ao GLOBO na sede do partido em Brasília na última quinta-feira."O PRTB não é um partido de aluguel. O Fidelix sempre lançou candidato, como ele mesmo fez diversas vezes" disse a viúva, impondo limites para a negociação com a família Bolsonaro, que têm interesse nos diretórios de São Paulo, Rio e os do Nordeste.
Com Fidelix, Aldinéa teve 47 anos de casamento, um de noivado e outro de namoro. Ao longo do tempo, acompanhou o marido na política e foi sua vice-presidente na legenda. Em março, contraiu Covid-19 ao mesmo tempo que o marido. Aldinéa ficou uma semana na UTI. Fidelix passou 52 dias, até morrer em abril deste ano, aos 69 anos. Na matéria completa, exclusiva para assinantes, a estratégia de Aldinéa para atrair o clã Bolsonaro ao partido.