João Roma: governo discorda de correção automática no Auxílio Brasil
A medida desagrada a equipe econômica e contraria o governo
O ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que não concorda com a correção automática do Auxílio Brasil conforme propôs o relator da Medida Provisória, o deputado Marcelo Aro (PP-MG). A medida, que desagrada a equipe econômica, também contraria o governo.
Segundo Roma, o governo pretende continuar avaliando a concessão de reajustes para o programa de transferência de renda ano a ano, conforme espaço no orçamento. Esse ano, o governo concedeu um reajuste de 17,84% em novembro, elevando o ticket médio de R$ 189 para R$ 224.
— As amarras dificultam e estebelecem impasses dento da política fiscal. É muito importante harmonizar esse texto — declarou Roma na Câmara dos Deputados nesta terça-feira.
O ministro ainda disse que, apesar dessa ressalva ao texto, acredita que a MP será votada e aprovada no Congresso.
Ao ser perguntado se o Auxílio Brasil atende decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ao governo instituir uma renda mínima no país, o ministro da Cidadania, João Roma, respondeu que sim e que se busca encontrar uma solução no Orçamento para incluir mais famílias no programa:
— Sem dúvida nenhuma, o Auxílio Brasil é um passo considerável no sentido de estabelecer uma política de transferência de renda para a população mais necessitada.
Sobre a iniciativa do Senado em tornar o Auxílio Brasil de R$ 400 definitivo, Roma disse que isso seria "muito bom".
— Não há oposição. O presidente Jair Bolsonaro está determinado a ajudar os mais necessitados. Mas para tornar esse benefício de maneira permanente é importante identificar uma fonte de financiamento — destacou o ministro.