Técnica no 'The Voice', Claudia Leitte fala sobre experiência com o programa
Desde 2012, a cantora já participou das três diferentes versões do reality musical no Brasil
Vai ao ar nesta quinta-feira (27), logo após a novela "Um Lugar ao Sol", a terceira noite da fase de batalhas do "The Voice Brasil", na TV Globo. A atual temporada do programa tem brindado o público com apresentações de grandes vozes, como as dos pernambucanos Carlos Filho, Belle Ayres, Adrielle Souza, Belle Brito, Dayse Rosa e Milla Paz.
A cantora Claudia Leitte integra o time de técnicos, ao lado de Iza, Lulu Santos, Carlinhos Brown e Michel Teló. Desde 2012, ela esteve em diferentes edições do reality musical, incluindo o "The Voice Kids", versão da atração com crianças, e o "The Voice +", para pessoas com mais de 60 anos de idade. Em entrevista à Folha de Pernambuco, a artista - que lançará o single "Eu Dou Tchau" nesta sexta-feira (26) - falou sobre a experiência com o programa e da possibilidade de haver Carnaval em 2022. Confira:
Desde a chegada do formato "The Voice" ao Brasil, você integra o corpo de técnicos do programa. Essa experiência já deixou você "calejada" para as fortes emoções ou o impacto ainda é o mesmo?
Pode soar clichê e romântico, mas é a verdade: cada temporada é única, surpreendente e me traz emoções únicas. E sempre há dinâmicas novas também. Por isso, o impacto continua sendo na mesma intensidade, tanto para nós, técnicos, quanto para o público. É também por isso que esse programa lindo sempre está ganhando novas temporadas, tanto no Brasil, quanto fora dele. O "The Voice" é emoção pura.
Você já esteve presente nas versões adulta e infantil do programa. Em qual delas é mais difícil exercer o papel de "jurado"?
Olha, eu prefiro usar o termo "técnico". Sinto que nosso papel é muito mais agregador, entender quais vozes conseguimos mais trabalhar naquele momento. Acho que o Kids é um pouco mais difícil. Na verdade, o que muda, na minha opinião, é mais a forma como dizer as palavras. É preciso ter cuidado e carinho sempre, mas no Kids ainda mais. No "The Voice", temos um relacionamento mais maduro com os participantes. Mas a delicadeza e o afeto estão sempre presentes. Nosso principal papel, além de mostrar o melhor caminho, claro, é o de dar incentivo e coragem para continuarem na busca por aquele sonho. O programa é só o começo.
Como é a sua relação com os artistas que integram o seu time após as edições do programa? Com quais você ainda mantém contato?
A gente desenvolve uma relação de muito carinho acima de tudo. Eu mantenho contato pelas redes sociais com alguns participantes da primeira edição até hoje em dia. Faço questão de estar de olho neles. Alguns já cantaram comigo no meu show, como o Sam Alves, Kall Medrado, Leandro Bueno. Já gravei música e clipe com a Ju Moraes, foi lindo, e por aí vai. A conexão é real.
O "The Voice" tem um clima de muito acolhimento com os artistas participantes e coleguismo entre os técnicos. Mesmo assim, há momentos em que a veia competidora vem à tona?
Com certeza. É tudo num campo muito saudável e confesso que, às vezes, precisamos nos lembrar disso, pois o filtro mais valioso é o da emoção. Todos que chegam naquele palco cantam bem e isso é um fato. Precisamos encontrar algo além e, para isso, a emoção tem que tomar conta, mas sei que se trata de uma competição e, por isso, estou sempre atenta às peças do tabuleiro também. O jogo, mesmo sendo importante, não é o protagonista. As vozes e seus sonhos que são.
A atual edição do programa traz uma nova dinâmica, com a formação de um time paralelo do Michel Teló. Como essas mudanças aquecem a competição?
Rapaz, essa dinâmica ajuda não só a movimentar mais o jogo, mas também a aproveitar muito mais cada uma das vozes. É um mix de alívio, pois o participante pode ser pego com essa chance a mais, com uma pitada a mais de competição, porque Teló é esperto, sabe jogar. A coisa vai ficando cada vez mais quente conforme o programa evolui.
O trabalho com o "The Voice" não te estimula a querer experimentar mais o seu lado apresentadora?
Sua pergunta me fez parar pra refletir a respeito, pois confesso que não pensei nisso tão a fundo. Tive experiências mais esporádicas ao longo da minha carreira e adorei. Por exemplo, fiz uma temporada do "Superbonita", no GNT, há alguns anos, e foi uma delícia. Já apresentei o "TVZ", no Multishow, algumas vezes e sempre foi prazeroso. Acho que a troca de um artista com o público é uma experiência deliciosa, inspiradora e enriquecedora. É um combustível para mim, afinal, é isso o que também acontece quando subo no palco, nos meus shows, e me conecto com a multidão cantando e dançando a mesma canção. Não tenho dúvidas que outros projetos como o "The Voice", que criam conexão através da música, iriam tocar meu coração de uma forma diferente e, para mim, ainda curiosa.
A viabilidade do Carnaval no próximo ano ainda é incerta. Você vem se preparando para uma possível retomada da folia em 2022?
Estou prontíssima. Já tenho, inclusive, roupa para esse momento (risos), mas vamos esperar ter certeza que é seguro para fazer acontecer de verdade. Durante todo esse tempo, eu fiquei, sim, idealizando como seria esse retorno. Estou cheia de ideias, com meu ano de celebração dos 20 anos de carreira todo planejado. Estou com muita, muita, muita saudade dos palcos, energia acumulada e doida para fazer aquela folia gostosa. Então, se tudo der certo e for possível fazer o carnaval presencial, vai ser frenético, vou botar todo mundo para pular e dançar muito.