A corrida por novas fontes de receitas tributárias
Conheça neste artigo os principais candidatos para financiamento e recuperação econômica do Brasil
Durante uma crise financeira é comum que estados e governantes busquem por novas fontes de receitas para financiar a recuperação econômica de seu país. Por diversas vezes houve aumentos de alíquotas para impostos já criados, portanto, essa é uma fonte de receita com a qual poucos governantes contam. Além disso, aumentar o imposto que já é pago é pouco popular e pode provocar a insatisfação dos cidadãos.
Diante desse cenário, surge um grande desafio: encontrar novos fluxos tributários que os cidadãos aceitem contribuir. Normalmente, essas fontes de receitas estão em novos mercados que surgem em decorrência de novas tecnologias. Até poucos anos atrás, ninguém ouvia falar dos serviços de streaming, por exemplo. Hoje, esse serviço está presente em quase todos os países e não é tributado corretamente em quase nenhum deles.
Assim como os serviços de streaming, existem outras fontes de receitas que podem contribuir com a recuperação do Estado e a retomada do crescimento econômico de países atingidos pela crise, como é o caso do Brasil. Confira a seguir os principais setores da economia, candidatos a serem os novos financiadores do Estado.
Streaming
Como dito, os streamings se encontram na categoria de setores econômicos que ainda possuem um potencial de contribuírem financeiramente com o Estado. Se empresas como Netflix, HBO, Fox, Disney e muitas outras que estão em atividade no país, fossem tributadas por cada streaming ou por cada usuário, as receitas do governo aumentariam consideravelmente.
Por outro lado, essas empresas alegam que teriam que aumentar o valor da mensalidade, para arcar com os novos custos tributários. Isso acabaria por influenciar negativamente no humor dos seus clientes, que também são responsáveis por eleger ou destituir governantes. Isso faz com que os governantes ainda tenham receio de adotar medidas de tributação desses serviços.
Esse é o impasse que alguns Estados estão enfrentando ao tentar propor novas leis de tributação para os serviços de streaming. Qual será o resultado, ainda não se sabe. O que se sabe é que nos próximos meses e anos haverá um movimento cada vez maior para que serviços de streaming ao vivo, que cresceram exponencialmente, sejam tributados.
Casinos online
Nos últimos anos tem-se visto o ressurgimento das clássicas casas de jogos de apostas que conquistaram o coração de milhões de pessoas desde o fim do século XVIII e começo do século XIX. Nos tempos mais modernos, cenários de filmes clássicos como “007 Casino Royale”, “Os Bons Companheiros” ou “Poderoso Chefão”, figuraram um pouco do mundo dos cassinos, que agora estão de volta, só que em um formato digital.
O especialista em jogos de casino Luiz Carlos explica no casinotopsonline que a cada dia novas casas de apostas começam a operar no mercado de cassinos online e isso acendeu uma luz de alerta aos governos. Muitos enxergam nessa movimentação uma oportunidade de aumentar as fontes de receitas públicas. Tributar jogos e caça-níqueis é uma excelente maneira de melhorar a economia de uma região. Algumas cidades sabem muito bem disso.
Criada no meio do deserto, Las Vegas, por exemplo, se transformou na meca dos jogadores e apostadores. Assim como Mônaco, que de principado desconhecido, se tornou uma fábrica de milionários, e principal capital do entretenimento mundial. Sem falar em Cingapura e outras cidades que descobriram nos jogos uma forma de ajudar a financiar suas atividades.
Criptomoedas
Um nicho que cresce em um ritmo alucinante também está na mira dos governantes e líderes mundiais. As criptomoedas fazem sucesso no mercado de ações e viram seus valores de mercado dispararem nos últimos tempos. Tanto que especialistas tem passado a afirmar que moedas como a Bitcoin se tornaram mais desejadas que o ouro.
Muitos investidores têm investido seus recursos nesses ativos misteriosos e com um potencial revolucionário gigantesco. Por conta disso, bilhões de dólares são movimentados anualmente no mercado de cripto ativos. É uma quantia gigantesca que cresce dia após dia, conforme novos investidores vão chegando.
Entretanto, por ser muito recente, poucos países falam sobre taxar as transações em criptomoedas. Além disso, tem a questão da dificuldade em fiscalizar operações desse tipo. Porém, com novas tecnologias, tudo indica que nos próximos anos, sejam lançadas novas leis de tributação dessas moedas. Com certeza as Bitcoins são as favoritas dos políticos, já estando em suas miras.
Redes sociais
Por último, temos as redes sociais. Esses espaços virtuais conquistam cada vez mais o coração das pessoas. Acontece que há pouca ou quase nenhuma legislação tributária a respeito das negociações que acontecem nessas plataformas. Muito por conta da dificuldade de compreender que as redes sociais, na verdade, se tornaram enormes redes de market place, no melhor estilo e-commerce.
É possível que futuramente essas redes sociais sejam tributadas como são os shoppings físicos, onde cada lojista deve pagar um tributo para o Estado. Por isso, se seu plano é começar um negócio online em redes sociais como Instagram e Facebook, esteja preparado para arcar com novos futuros custos tributários.