Náutico

Ex-funcionário do Náutico, que recebia ingressos como pagamento, cobra R$ 380 mil na Justiça

Peter Gati tinha carteira assinada como treinador de futebol e cobra salários atrasados do clube

Sede do Náutico - Tiago Caldas / CNC

Mais um capítulo na Justiça para o Náutico. O ex-funcionário do clube Peter Gati ingressou com ação cobrando o valor de R$ 380 mil, referente a diversos vencimentos não pagos pelo clube, que o demitiu em abril, sem justa causa. Responsável pelo gramado dos Aflitos e do CT Wilson Campos, Gati trabalhou na agremiação entre fevereiro de 2018 e abril de 2021. Procurado pela Folha de Pernambuco, Peter Gati preferiu não comentar o assunto.

A Folha de Pernambuco teve acesso à ação, onde Gati relata salários atrasados "diversas vezes" e que, "para não passar necessidade", pedia ingressos para a diretoria do Náutico, a fim de vender e ficar com o dinheiro arrecadado. 

Engenheiro agrônomo, Gati tinha a sua carteira assinada como treinador de futebol, com remuneração de R$ 3 mil, cerca de R$ 2 mil a menos que o piso salarial da área em que trabalhava de fato no clube. 

Gati também reclama na ação o não pagamento do FGTS dos quatro anos em que esteve no clube, além do 13º salário e de não ter tirado férias até a demissão sem justa causa em 22 de abril de 2021. Ao deixar o clube, foi firmado um acordo do pagamento da rescisão (R$ 19.894,00) em sete parcelas (R$ 2.842,00), mas apenas duas foram quitadas até hoje. Além dos reclamados, também é denunciado que o clube extraviou a Carteira de Trabalho de Gati. 

O Náutico ainda não apresentou defesa.