SENADO

Pacheco diz que votação da PEC dos Precatórios deve ocorrer na próxima quinta (2)

Em evento com empresários do Paraná, presidente do Senado reconheceu que Reforma do IR ficará para o ano que vem

Rodrigo Pacheco - Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, nesta segunda-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios apresentada pelo governo.

Segundo Pacheco, esta é a "solução possível" para viabilizar o programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, sem furar o teto de gastos públicos. Durante evento promovido por empresários paranaenses, ele também disse que a PEC deve ser votada em plenário na próxima quinta-feira (2).

Após ser aprovada pela Câmara dos Deputados, a PEC tem previsão de ser apreciada nesta terça (30) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na semana passada, o relator da matéria, Fernando Bezerra (MDB-PE), apresentou o seu parecer ao colegiado, mas em seguida parlamentares insatisfeitos com o texto pediram 'vista', ou seja, mais tempo para análise, o que adiou a votação para esta semana.

Pacheco destacou que tem "compromisso e senso de urgência com essa questão" da PEC dos Precatórios. Ele também rebateu críticas do Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculado ao Senado, contra a proposta em análise na Casa.

— Quando eu vejo o IFI fazer as críticas, eu respeito todas elas, mas também não apresentam solução, não. Porque como a gente paga precatórios, dentro do teto de gastos e com espaço fiscal para o Bolsa Família? Eu quero uma resposta que seja convincente porque até agora eu não tive — disse Pacheco, durante discurso na Federação do Comércio do Paraná.
 

E acrescentou:

— Essa [solução] que está consubstanciada na PEC é a solução possível. Portanto, essa solução do precatório amanhã na CCJ no parecer. Aprovando na CCJ, eu levarei imediatamente na pauta do Senado, acredito que na quinta-feira após as sabatinas que nós temos.

No mesmo evento, o presidente do Senado reconheceu que a reforma do Imposto de Renda, defendida pelo governo Jair Bolsonaro, não deve ser votada este ano. A proposta está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sem prazo de apreciação.

— A reforma tributária, ela é importante, nós temos senso de urgência nela, mas ela pode ser refletida. O projeto do Imposto de Renda, a mesma coisa — declarou — O projeto do Imposto de Renda, que está tramitando com o senador Angelo Coronel (como relator), na CAE, fazendo debate próprio, mas não deve ser apreciado este ano. Fica para o ano que vem a decisão para esse projeto da reforma do Imposto de Renda.