Política

Lula indica chance de aliança com Alckmin e elogia ex-governador de SP

Lula indicou que a possibilidade de aliança é real, mas depende também de acerto partidário

O ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin - Julien de Rosa / AFP / Divulgação/ Gabriel Reis

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em entrevista para a Rádio Gaúcha, que espera Geraldo Alckmin (PSDB) definir seu partido para decidir sobre a possibilidade de o ex-governador de São Paulo integrar sua chapa para as eleições de 2022 como candidato a vice.

Dizendo que teve "extraordinária relação" com Alckmin quando era presidente, Lula indicou que a possibilidade de aliança é real, mas depende também de acerto partidário. O ex-governador está de saída do PSDB e tem o PSD e o PSB como principais opções de filiação.

"Quando fui presidente, tive uma extraordinária relação com Alckmin, [José] Serra, Yeda Crusius, [Germano] Rigotto. Eu não fazia diferença na minha relação com entes federados. Não queria saber de que partido era a pessoa", disse, citando ex-governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul.


"Tive extraordinária relação com Alckmin, foi um governador responsável aqui em São Paulo. Ele está numa definição de partido, estamos em processo de conversar, vamos ver, se a hora que eu definir se sou candidato ou não, é possível construir uma aliança política. Primeiro preciso ver qual partido ele vai entrar, ele ainda não decidiu", disse.

De acordo com a colunista do jornal Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, Lula e Alckmin têm novo encontro nesta semana para discutir uma possível aliança. Recentemente, em entrevista durante viagem à Europa, o ex-presidente já havia feito um aceno, dizendo que não havia nada na relação entre eles "que não podia ser reconciliado".

Pré-candidatura
Lula ainda não anunciou oficialmente a própria candidatura. Ele diz que tomará uma decisão em fevereiro ou março de 2022. No entanto, nos bastidores, seu nome na disputa ao Planalto no ano que vem é dado como certo por aliados e adversários.

Na entrevista à Rádio Gaúcha, ele brincou com a situação: "Já tenho 23 vices e 8 ministros da Fazenda, e nem sou candidato ainda".

Atualmente, o petista aparece na liderança em todos os cenários de disputa traçados pelos institutos de pesquisa para as eleições de 2022.