OMS alerta que proibir viagens não impedirá Ômicron, mas recomenda que idosos fiquem em casa
Até domingo, 56 países já haviam fechados seus aeroportos para voos com origem em alguns territórios do continente africano
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira que o fechamento geral de aeroportos não evitará a disseminação da nova variante Ômicron do coronavírus, mas recomendou que pessoas com comorbidades e idosos com 60 anos ou mais adiem suas viagens.
Em suas recomendações, a OMS observou que, até domingo, 56 países haviam aplicado “restrições de viagem para tentar atrasar a importação da nova variante", mas que "as proibições gerais de viajar não evitarão a propagação internacional e colocará um fardo pesado para as pessoas e meios de subsistência".
A organização com sede em Genebra, cujas recomendações nem sempre são seguidas por seus 194 estados membros, alertou também que essas medidas "podem ter um impacto negativo nos esforços globais de saúde durante uma pandemia, desencorajando os países a relatar e compartilhar dados epidemiológicos e de sequenciamento".
Ainda segundo a OMS, todas as pessoas com risco de desenvolver uma forma grave da Covid-19, incluindo adultos com comorbidades (doenças cardíacas, câncer, diabetes, entre outros) e acima dos 60 anos, devem ser aconselhados a adiar suas viagens.
De forma mais geral, pede a todos os viajantes que "fiquem vigilantes", sejam vacinados e sigam os regulamentos de saúde pública independentemente de seu estado de vacinação, incluindo o uso de máscaras, a observância de medidas de distanciamento físico e evitando espaços lotados e abafados.
No domingo, o escritório regional da OMS na África pediu "fronteiras abertas", ao passo que a África do Sul pediu o "levantamento imediato e urgente" das restrições de viagens ao país após a detecção da Ômicron.