TRAGÉDIA

Sobrevivente da tragédia da Chapecoense visita local da queda do acidente em 2016

Ele plantou árvores na localidade colombiana de La Unión em homenagem às 71 pessoas que morreram na noite de 29 de novembro de 2016

O ex-zagueiro Neto, sobrevivente da tragédia da Chapecoense, visita local da queda do acidente em 2016 - JOAQUIN SARMIENTO / AFP

O ex-zagueiro Neto, um dos sobreviventes do acidente com a equipe da Chapecoense, visitou na quarta-feira a montanha na região noroeste da Colômbia onde o avião com a equipe caiu há cinco anos. 

Ele plantou árvores na localidade colombiana de La Unión em homenagem às 71 pessoas que morreram na noite de 29 de novembro de 2016.

"Estando aqui agora entendi o que significa a vida", disse Neto, um dos seis sobreviventes. 

Neto, 36 anos, parecia tranquilo durante o ato simbólico em Cerro Gordo, agora chamado Cerro Chapecoense, onde caiu a aeronave registrada na Bolívia.

O avião que transportava a equipe brasileira para a disputa da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional ficou sem combustível pouco antes do pouso em Medellín.

Entre as vítimas estavam jogadores, integrantes da comissão técnica e da direção do clube, jornalistas e parte da tripulação.
 

Neto caminhou ao lado de um pedaço da fuselagem do avião que ainda permanece no local e posou para fotos com o dono da fazenda onde estão os pedaços da aeronave e com outros moradores do setor.

"O mais difícil para mim foi a morte dos que se foram (...) foi difícil assimilar tudo", disse o agora dirigente da Chape.

O zagueiro alto se aposentou em 2019. 

Allan Ruschel, atualmente no América Mineiro, e Jakson Follmann, que sofreu a amputação de uma perna e se tornou palestrante motivacional e cantor, foram os demais jogadores sobreviventes. 

As investigações sobre a catástrofe aconteceram em vários países e uma comissão do Senado brasileiro investiga a falta de indenização para familiares. 

Em setembro, a polícia brasileira prendeu uma mulher acusada de ser a responsável por autorizar o plano de voo da companhia boliviana LaMia,

"Não foi feita justiça, estamos lutando, há muitas famílias que (...) continuam lutando", disse Neto. "Não foi culpa apenas do piloto (...) outros foram culpados durante a tragédia", completou.