América Latina registrará aumento nas exportações em 2021, afirma Cepal
Segundo a secretária-executiva da Cepal, as expectativas para 2022, no entanto, são negativas
A América Latina receberá 25% mais receita com exportação de mercadorias em 2021 do que a registrada em 2020, apesar da incerteza sobre o impacto que o coronavírus terá na economia, estimou nesta terça-feira (7) a Cepal.
Depois de uma queda de 10% em 2020, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta para 2021 "um aumento de 25% no valor das exportações regionais de bens", segundo o relatório sobre as perspectivas do comércio internacional na região.
No caso das importações, as compras serão 32% maiores em valor, explicou a entidade.
Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, descreveu a recuperação das exportações regionais como "importante", mas alertou que as perspectivas para 2022 "estão ameaçadas por riscos à saúde e econômicos".
A recuperação ocorre apesar da incerteza devido à pandemia e o "ritmo desigual de vacinação e novas variedades do vírus; pressões inflacionárias e dificuldade para manter o estímulo fiscal; tensões comerciais e riscos no setor imobiliário da China; interrupções nas cadeias de abastecimento e aumento das taxas de frete", diz o relatório.
O aparecimento da variante ômicron do coronavírus acrescentou preocupações sobre possíveis restrições. "Ninguém soube responder se esta variante é mais letal ou contagiosa", disse Bárcena.
A Cepal projeta que a região registrará em 2021 um superávit comercial de 24 bilhões de dólares ao todo, menos que os 64 bilhões de dólares registrados em 2020, o que se explica principalmente pelo forte aumento das importações.