Música

Felipe El celebra obra carnavalesca de Moraes Moreira em novo projeto

O single Chão da Praça é o cartão de visita do projeto El Canta Moares, que resultará em um álbum duplo, produzido em parceria com Miguel Freitas e com guitarras de Davi Moraes

Felipe El faz tributo a Moraes Moreira em novo projeto - José de Holanda

O acervo carnavalesco de Moraes Moreira é a matéria prima do novo projeto do cantor e compositor Felipe El, que ganhou o primeiro single, nesta sexta-feira (10). disponível nas plataformas de música. "Chão da Praça" conta com a produção de Miguel Freitas e distribuição do selo Candyall Music, do mestre Carlinhos Brown.

O single é o cartão de visita do projeto que tem pretensão de virar um álbum duplo futuramente. Por hora, estão previstos outros lançamentos de singles, ao longo do verão de 2022 e 2023. Em Chão da Praça, El conta com as guitarras de Davi Moraes, baixo de Miguel Freitas e as percussões de Raysson Lima e Caio Fonseca, músicos da Timbalada. O resultado é uma forte conexão entre gerações na sonoridade afro-baiana e brasileira.

"Um dos momentos mais legais do processo de produção foi sem dúvidas o encontro com Davi Moraes. Quando ele foi gravar para esta faixa e pôde conferir como estava indo o todo o projeto, ficou emocionado e comentou que todo o feeling estava ali bem representado", lembrou El. 

Ouça:
 


A ideia desse projeto surgiu quando Felipe interpretou Moraes Moreira em um musical sobre os Novos Baianos onde foi assistido por muitos artistas como Pepeu Gomes, Marisa Monte, Lulu Santos, Chico Buarque, Carlinhos Brown e diversas vezes pelo próprio Moraes Moreira. Foi a partir daí que surgiu a ideia de homenagear a obra carnavalesca de Moraes Moreira.

"Eu me via muito nele (Moraes Moreira), pelo fato de ser um seresteiro que também gosta de Samba e Rock’n’Roll. Violeiro que canta canções e traz mensagens e um pouco poeta também, por fim, um amante de rock e de samba", confidenciou o artista.

Em “Chão da praça”, uma das releituras do disco “Descendo a ladeira da praça" (1974), a produção musical se preocupou em respeitar os arranjos históricos ao mesmo tempo que traçou uma ponte entre várias gerações, inclusive anteriores a do Novo Baiano.  

El ressalta a importância de exaltar a obra dos nossos antepassados. "Foram eles quem nos formaram. Se hoje fazemos música e podemos ser criativos é porque nossos mestres nos ensinaram. É fundamental cultivarmos vivos os grandes clássicos  dos nossos gênios brasileiros.É exaltando nossos ancestrais que construímos o futuro", completou.

Ficha Técnica:
Produção : Miguel Freitas e Felipe El
Mixagem e Masterização : Jorge Victor
Edição : Luisinho Lacerda