Internacional

G7 determinado a mostrar frente unida contra 'agressores' mundiais

Também na pauta as manobras da Rússia na fronteira ucraniana

Reunião do G7 - Olivier Douliery/Pool/ AFP

Os ministros das Relações Exteriores do G7 se reuniram neste sábado (11) em Liverpool, no norte da Inglaterra, para mostrar unidade contra os "agressores" mundiais e falar sobre as manobras da Rússia na fronteira ucraniana, que preocupam a comunidade internacional. 

"Temos que nos unir com força para enfrentar os agressores que tentam limitar as fronteiras da liberdade e da democracia", disse a chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, cujo país preside este ano o grupo de sete grandes economias, no início deste encontro de dois dias.

"Para isso, temos que fazê-lo com uma única voz", acrescentou, pedindo reflexão para "reduzir a dependência estratégica" e reforçar a "arquitetura da segurança" das grandes potências democráticas contra os "governos autoritários". Embora não tenha especificado esses adversários, suas afirmações vão na mesma linha das intenções dos Estados Unidos de conduzir o G7 a uma estratégia ocidental para frear as ambições da China a nível mundial.

E também com outro rival na mira: Moscou. Há semanas, a Otan, os Estados Unidos e os líderes europeus acusam a Rússia de querer invadir a Ucrânia, o que o Kremlin nega. 

"Frente unida

Este assunto já foi abordado nas primeiras reuniões bilaterais à margem do encontro principal. Liz Truss falou com a nova chefe das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, sobre a necessidade de formar uma "frente unida contra a agressão russa".

Baerbock e o secretário de Estado americano Antony Blinken concordaram que "é necessário ter uma resposta firme em caso de escalada de Moscou", segundo Washington.

Na terça-feira, o presidente americano Joe Biden falou com seu homólogo russo Vladimir Putin e o advertiu de que a Rússia corria o risco de sofrer "fortes sanções, inclusive econômicas" se intensificar sua ação militar na Ucrânia. 

Além dessa tensão militar, os chefes das diplomacias da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido debaterão sobre as crises atuais em Mianmar e na Etiópia.  

Sobre as negociações com o Irã sobre seu programa nuclear, espera-se que os ministros do G7 peçam a Teerã que interrompa a escalada e volte ao acordo de Viena.  

Para Liz Truss, a "frente unida" contra os regimes autoritários precisa também se aprofundar nas relações econômicas entre os países democráticos.

"Devemos ganhar a luta das tecnologias, garantindo que nossas normas tecnológicas sejam estabelecidas por aqueles que acreditam na liberdade e na democracia", insistiu, em outra alusão a Pequim.