Com Fortaleza, Nordeste conta com quarteto na história da Libertadores

Pela primeira vez, o Fortaleza disputará a Libertadores da América, repetindo o feito antes alcançado apenas por Bahia, Náutico e Sport

Um trio seleto de nordestinos ganhou mais um integrante para formar um quarteto com histórias para contar que vão além das fronteiras nacionais. Pela primeira vez, o Fortaleza disputará a Libertadores da América, repetindo o feito antes alcançado apenas por Bahia, Náutico e Sport. É bom salientar que, dos quatro clubes, o Tricolor do Pici é o único a ter conquistado a vaga na competição continental por conta do desempenho obtido no modelo de pontos corridos do Brasileirão, iniciado em 2003. 

O Fortaleza teve uma temporada histórica em 2021. Na Copa do Brasil, o Leão chegou até a semifinal - melhor resultado do clube no torneio. No Brasileirão, os cearenses ficaram na quarta posição. Foi a melhor colocação de um nordestino desde 1999 - o Vitória também foi quarto, mas o campeonato ainda tinha mata-mata na reta final, e os rubro-negros foram eliminados pelo Atlético/MG.

O Bahia é o clube com mais participações na Libertadores. Foram três ao todo. A primeira foi em 1960, por ter vencido a Taça Brasil de 1959. Com apenas sete clubes no certame, o Tricolor caiu na primeira etapa, para o San Lorenzo. Em 1964, outra presença, por conta do vice nacional em 1963. Nova eliminação na fase preliminar.

A participação mais recente foi em 1989, com vaga obtida pelo título de 1988. Foi o melhor desempenho do Bahia, chegando até as quartas de final, sendo desclassificado pelo Internacional. Já o Náutico foi o primeiro nordestino a jogar na Libertadores. Participou em 1968, após o vice da Taça Brasil de 1967. O Timbu não avançou da fase de grupos, encarando na chave Palmeiras, Deportivo Português/VEN e Deportivo Galícia/VEN.

Campeão da Copa do Brasil de 2008, o Sport disputou a Libertadores da América em 2009. Avançou de fase, em um grupo que tinha Palmeiras, Colo-Colo/CHI e LDU/EQU. Os rubro-negros foram desclassificados nas oitavas de final, nas penalidades, pelo mesmo alviverde paulista que tinham enfrentado anteriormente.

Se o regulamento fosse diferente...
Em 2021, o Brasileirão deu vaga direta aos seis primeiros colocados e mais duas na fase preliminar para os clubes que ficaram em sétimo e oitavo. Se o mesmo regulamento existisse desde a adoção dos pontos corridos, o Vitória, em 2013, e o Sport, em 2015, também teriam se classificado. Os baianos ficaram em quinto, enquanto os pernambucanos terminaram em sexto.