Tensão após o massacre de 13 pessoas por conflito territorial indígena na Guatemala
Os uniformizados, com equipamentos antimotim, se reuniram antes do início de uma operação de segurança diante de temores de um novo surto de violência
Mais de cem policiais e soldados armados com fuzis guardavam neste domingo (19) uma área indígena no oeste da Guatemala, após o massacre de 13 pessoas, entre elas crianças e um policial, vinculado a um antigo conflito territorial entre dois municípios.
As forças de segurança se posicionaram na beira da rodovia Interamericana, próximo à estrada de terra que leva à aldeia Chiquix, no município de Nahualá, 171 km a oeste da capital, onde o massacre ocorreu entre sexta e sábado, observou uma equipe AFP.
Os uniformizados, com equipamentos antimotim, se reuniram antes do início de uma operação de segurança diante de temores de um novo surto de violência, disse um policial à AFP sob anonimato.
Algumas pessoas circulavam em picapes e micro-ônibus rumo às comunidades de Nahualá e a vizinha Santa Catarina Ixtahuacán - que se enfrentam no conflito secular pelo controle dos territórios limítrofes, onde há matas e cursos d'água - sob o olhar atento dos agentes.
As autoridades ainda não haviam divulgado a identidade da maioria dos mortos e o Ministério Público informou no Twitter que "processou a cena do crime", onde também foram localizados um caminhão semi-queimado e uma viatura com buracos de bala.
O policial morto foi identificado como Luis Reinoso, de 34 anos.
Por sua vez, o procurador de Direitos Humanos, Jordán Rodas, lamentou em nota o massacre que, segundo a instituição, ocorreu quando uma família que se dirigia para fazer suas colheitas foi emboscada por um grupo de homens fortemente armados. A imprensa local informou que as vítimas iriam recolher milho.