GESTÃO

Presidente do Sport revela reunião com presidente do Conselho para debater modelo de clube-empresa

Yuri Romão se reunirá com Pedro Leonardo no início de janeiro para discutir sobre o assunto

Yuri Romão, presidente do Sport - Anderson Stevens/Sport Club do Recife

Após a compra de 90% do Cruzeiro por Ronaldo Fenômeno, o modelo de clube-empresa voltou a ser amplamente falado no Brasil. Em decorrência da viralização do assunto, o presidente do Sport, Yuri Romão, revelou em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, sua opinião acerca do modelo de gestão. 

“De fato, acompanhamos a repercussão dessa movimentação com a participação acionária de um atleta (Ronaldo) na gestão do Cruzeiro. Mas eu diria que isso não está só no Cruzeiro. Foi o pioneiro, mas essa situação está bem avançada no Botafogo, no Figueirense, e mesmo antes da aprovação da SAF, vimos um clube como Red Bull Bragantino realizando algo parecido de forma exitosa”. 

Questionado sobre a inserção do Sport nesse modelo, Yuri se mostrou a favor e revelou uma reunião marcada com o presidente do Conselho para tratar do assunto.

“Esse momento é muito exitoso para clubes que estão passando por uma fase muito ruim, e eu acho que o Sport não pode perder essa janela de oportunidades que se abrem. Mas para dizer qual o melhor modelo que se encaixa para o Sport, isso precisa passar por muita discussão. Algo interno, que tem que passar pelo executivo e pelo Conselho. Já no início de 2022, eu devo conversar com Pedro Leonardo (presidente do Conselho Deliberativo) no sentido de montarmos um grupo de trabalho para ver qual o melhor modelo que se encaixa para o Sport”, explicou. 

Para o presidente, se trata de uma virada de chave no futebol brasileiro a qual os clubes precisarão se adequar. 

“Os clubes que não se adequarem, a partir de agora, para esse novo momento que o futebol brasileiro vai passar, com a aprovação dessa lei, vão ficar para trás. Eu diria até, enquanto dirigente, que o Sport tem que participar dessa discussão. O modelo que nós vivemos hoje é um modelo exaurido. Não à toa, temos problemas financeiros e administrativos de muitos anos. Precisamos dessa discussão, ver o que é melhor, conversar com quem já fez, como o Cruzeiro e o Botafogo, para entender como está sendo feito e tentar implantar aqui”.