CASO BEATRIZ

Pais de Beatriz chegam ao Recife depois de 700 km de caminhada

Seis anos após a morte da menina, a família de Beatriz pede que o Governo de Pernambuco aceite a cooperação de uma empresa norte-americana na investigação do caso e na federalização do inquérito

Pais de Beatriz chegam ao Recife depois de 700 km de caminhada - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Os pais de Beatriz Angélica, que foi encontrada morta com 42 marcas de facadas em um colégio particular de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em 2015, chegaram ao Recife.

Eles caminharam mais de 700 km, de Petrolina até a capital pernambucana, com o objetivo de buscar respostas para solução do caso. A caminhada, que começou na madrugada do dia 5 de dezembro, contou com apoio de familiares e amigos. 

Seis anos após a morte da menina, que tinha sete anos de idade na época, a família de Beatriz pede que o Governo de Pernambuco aceite a cooperação de uma empresa norte-americana na investigação do caso e na federalização do inquérito.

“Viemos em busca de justiça, quero que minha filha tenha um inquérito justo, ela merece uma investigação correta. Trouxemos um documento modelo para ser assinado, tiraram a vida da minha filha da forma mais cruel possível”, disse Lúcia Mota, mãe da menina Beatriz

Apesar do desejo, o secretário da Defesa Social, Humberto Freire, já havia afirmado que não é possível aderir às exigências.

A expectativa era de um encontro entre a mãe da menina e representantes do governo na última terça-feira (21), mas a caminhada não havia sido concluída. 

O pai de Beatriz, Sandro Romilton, afirmou que uma comissão será formada para entrada no Palácio do Campo das Princesas. “Não queremos apenas uma reunião em salas fechadas, queremos deixar tudo claro e ter a participação de todos, para esclarecer tudo sobre o caso da nossa Beatriz”, disse. 

Peritos se posicionam
A Associação de Polícia Científica (Apoc-PE), entidade que representa os Peritos Criminais de Pernambuco, emitiu um comunicado, sobre às investigações do Caso Beatriz. A entidade afirmou que está acompanhando o caso, e defende os interesses da categoria. 

“O trabalho realizado pela Polícia Científica contribui para a produção da prova técnica, auxiliando, de modo relevante, a investigação policial. A atuação dos Peritos Criminais é sempre pautada pela ciência, doutrina criminalística e nos princípios da legalidade, moralidade e eficiência. A Apoc-PE agindo com seriedade e imparcialidade, seguirá na defesa incansável dos interesses dos Peritos Criminais que estejam sendo vítimas de decisões administrativas desarrazoadas e desproporcionais”, disse o comunicado.