Saiba como mudar hábitos e inserir uma nova rotina alimentar ao longo de 2022
Especialistas dão dicas de como colocar em prática o objetivo da boa alimentação
Todo começo de ano é marcado pelas várias promessas de mudança de vida. Entre as metas que cada pessoa intenciona para 2022, uma certamente está ligada à saúde e alimentação. Essa casadinha inseparável, que envolve não apenas a questão estética, mas também a qualidade de vida já tão ameaçada em tempos de pandemia.
Faça o planejamento
Mas quem nunca se preocupou em mudar de hábitos alimentares, por onde deve começar? Segundo Irani Gomes dos Santos Souza, coordenadora do curso de graduação em Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, a atitude essencial é planejamento. “Se planeje e procure sempre frutas, legumes e verduras da safra, ou seja, o que estão em seu período de produção. Você saberá disso pois estarão em maior quantidade nos mercados e feiras livres”, explica Irani.
Além disso, essa organização também poderá auxiliar a romper maus hábitos alimentares, como o consumo de alimentos com muito sal, gorduras e temperos artificiais e muito açúcar. “Fibras são bem-vindas sempre, mas caso alimentos integrais para você seja mais caro, tem a opção de incluir na sua refeição aveia, linhaça, quinoa, farelo de trigo, chia, entre outros”, afirma a professora.
Faça escolhas certas
No período de reeducação, é preciso limitar ou eliminar o consumo de alimentos com a chamada “caloria vazia”. Segundo a nutricionista Helen Lima, eles são refrigerantes, doces, biscoitos recheados e frituras. “Esses alimentos têm calorias demais e ‘pouca nutrição’. A maioria das pessoas que remove esses itens já se sente mais leve. Substituí-los por frutas, sementes oleaginosas e iogurte impulsiona uma rotina mais equilibrada”, resume. Para quem sente muita fome, a dica é inserir frutas com casca, cascas de frutas secas sob a forma de farinhas e cereais integrais no dia a dia, para ir aumentando a ingesta de fibras e ter mais saciedade entre uma refeição e outra.
Contar calorias pode até ser uma alternativa, porém é preciso considerar não somente o total de calorias, mas a distribuição dos nutrientes que esses alimentos apresentam: os carboidratos, as proteínas e os lipídeos (gorduras). “É muito frequente um alto consumo de carboidratos, como massas e frituras, alimentos ricos em gorduras e com um menor consumo proteico. Isso desequilibra todo um sistema, já que o corpo precisa dos três. Com o excesso de calorias ou certos nutrientes, o corpo tende a armazenar o excedente, e o ganho de peso acontece”, acrescenta a especialista.
Ter objetivo ajuda a não esmorecer no meio do caminho. Aderir a uma dieta, sobretudo prolongada, nunca foi algo fácil. “As pessoas engordam ao longo de anos e anos, mas querem perder peso em dias. Não funciona assim! É preciso iniciar e esquecer do tempo, aos poucos os resultados aparecem: aquela roupa que há muito tempo não cabia, sempre será um bom termômetro”, completa Helen Lima.
Em paralelo, a Nutrição comportamental vem trazendo como resultado uma reorganização mais gentil, com mais respeito aos hábitos alimentares, condições sócio-econômicas e, sobretudo, aspectos emocionais. Nesse sentido, busca-se melhorar a alimentação e, assim, ter maior adesão. Algumas alternativas também podem ser citadas: procurar atividade física junto à dieta, procurar participar de grupos motivacionais e procurar ajuda profissional.