Mesmo com autorização especial, Djokovic pode ser proibido pelo governo de entrar na Austrália
País exige comprovação de vacinação contra a Covid-19; número 1 do mundo não confirma se tomou o imunizante
Apesar de ter obtido uma autorização especial por parte da organização do Australian Open, o tenista sérvio Novak Djokovic pode ser proibido de entrar no país para as disputas do primeiro Grand Slam da temporada, em Melbourne.
Na terça-feira (4), Djokovic, que não deixa claro se tomou ou não a vacina contra a Covid-19, anunciou que participaria da competição. A notícia foi confirmada pela Tennis Australia, organizadora do torneio. Ele disse que ganhou uma exceção médica avaliada por um painel de médicos para atuar em Melbourne.
A permissão causou indignação da população local, principalmente do estado de Victoria, onde fica localizada a cidade de Melbourne.
O primeiro ministro do país, Scott Morrison, disse que Djokovic pode ter que pegar o primeiro voo de volta para a Europa, caso não consiga provar o motivo real da exceção médica que lhe permite jogar o torneio.
"Se a evidência for insuficiente, então ele não vai ser tratado diferentemente de qualquer outro e pegará o próximo voo para casa."
A ministra de assuntos internos do país, Karen Andrews, disse, antes do pronunciamento de Morrison, que o governo do país poderia cancelar a permissão médica do sérvio e proibir a sua entrada na Austrália.
No começo desta semana, o chefe da organização do torneio, Craig Tiley, havia confirmado que alguns tenistas não vacinados receberiam autorização especial para disputar o Australian Open, concedidas por dois painéis independentes de médicos.
Na última semana, Djokovic desistiu da ATP Cup, que acontece agora em Sydney, o que levantou mais dúvidas se ele participaria ou não no Australian Open.