Coreia do Norte

EUA e aliados pedem que Coreia do Norte pare com 'atos desestabilizadores'

O comunicado conjunto na ONU veio logo após o lançamento de um míssil pelo país feito na semana passada

Míssil norte-coreano - STR / KCNA via KNS / AFP

Seis países, incluindo Estados Unidos e Japão, pediram nesta segunda-feira (10) que a Coreia do Norte cesse seus "atos desestabilizadores", em um comunicado conjunto na ONU, após o lançamento de um míssil por Pyongyang na semana passada.

França, Inglaterra, Irlanda e Albânia aderiram ao apelo para que a Coreia do Norte "se abstenha de mais atos desestabilizadores e entre em um diálogo significativo em direção ao nosso objetivo comum de desnuclearização completa".

"Esses atos aumentam o risco de erro de cálculo e escalada, e representam um risco significativo para a estabilidade da região", declarou a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lendo o comunicado conjunto após uma reunião fechada do Conselho de Segurança sobre o lançamento do míssil.

"Cada lançamento de míssil serve não apenas para avançar as próprias capacidades da RPDC, mas também para expandir o catálogo de armas disponíveis para exportação para seus clientes e traficantes de armas em todo o mundo", acrescentou, referindo-se ao país pelo nome República Popular da Coreia.

Nenhuma declaração unânime era esperada ao final da reunião, segundo diplomatas, já que Rússia e China não concordam com países ocidentais sobre que linha adotar contra a Coreia do Norte desde a adoção conjunta de sanções econômicas contra Pyongyang em 2017.

Na quinta-feira, a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) indicou que um míssil disparado em 5 de janeiro carregava uma "ogiva hipersônica deslizante", a segunda após outro lançamento em setembro.

Os Estados Unidos e o Japão estavam entre os países que foram rápidos em condenar o lançamento, observando que a Coreia do Norte violou várias resoluções do Conselho de Segurança e ameaçou a segurança global.

Pyongyang argumenta que o desenvolvimento de tecnologia militar é necessário para se defender contra uma possível invasão dos EUA.