PE: governo garante que há testes suficientes; "Precisamos testar assintomáticos", diz Longo
As novas medidas para conter as infecções da Covid-19 e da Influenza em Pernambuco recorrem à necessidade de testagem do público para eventos com participação de mais de 300 pessoas. Pelas regras anunciadas nesta terça-feira (11) pelo governo estadual, que serão válidas da próxima sexta-feira (14) até o dia 31 de janeiro, as pessoas devem apresentar teste negativo para Covid-19 em atividades como shows, casamentos, formaturas, cinemas e teatros, nos casos de mais de 300 pessoas nos locais. De acordo com o governo, há testes suficientes para atender essa demanda.
Segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, no estoque do Estado há 600 mil testes antígenos, além de testes de RT-PCR capazes de abastecer a população no Estado de três a seis meses.
Pelas medidas anunciadas, haverá a exigência da apresentação do teste negativo para Covid-19, sendo 24 horas de antecedência para exames de antígeno e 72 horas para exames de RT-PCR. Além disso, será exigida a apresentação do passaporte vacinal, com duas doses ou dose única para pessoas de até 54 anos e de dose de reforço para pessoas acima de 55 anos que possam ter tomado essa dose extra.
“Nós temos testes rápidos e estamos abastecendo os municípios. E ainda temos mais testes que estão sendo prometidos pelo Ministério da Saúde. A gente não tem problema de testes aqui, mas a gente quer que os municípios testem cada vez mais. É fundamental isso”, destacou André Longo.
Para o secretário, as medidas anunciadas nesta terça-feira têm duplo fator indutor: tanto para a vacinação como para a testagem. “Essa é outra indução objetiva que estamos fazendo agora, com os próprios eventos com mais de 300 pessoas, porque a gente precisa testar assintomático, a gente não precisa testar só as pessoas que têm sintomas”, complementou André Longo.
Dados epidemiológicos
As contaminações continuam aceleradas em Pernambuco. Apenas na primeira semana epidemiológica de 2022, foram notificados 1.419 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), significando um crescimento de 50% em uma semana e de 138% em 15 dias.
Esse aumento nos adoecimentos impactou diretamente nas solicitações por leitos de UTI: foram 805 pedidos nesta primeira semana epidemiológica, representando um aumento de apenas 2% em uma semana, mas de 82% em 15 dias.
“Em menos de 20 dias, já são 480 novos leitos para casos de Srag, sendo 213 de UTI. Isto corresponde a capacidade de, pelo menos, dois grandes hospitais de campanha. E continuamos trabalhando, diuturnamente, para minimizar os impactos desta aceleração das doenças respiratórias e salvar vidas. Nos próximos dias, temos previsão de abrir, pelo menos, outros 500 leitos, sendo 290 de UTI", afirmou o secretário André Longo.