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Após maior inflação desde 2015, Bolsonaro reclama de medidas contra Covid-19

Presidente voltou a culpar governadores e prefeitos que adotaram políticas de restrição ao comércio e serviço; IBGE divulgou nesta terça inflação de 10,06%

Presidente Jair Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR

No dia em que o IBGE anunciou que a inflação de 2021 ficou em 10,06%, a maior desde 2015, o presidente Jair Bolsonaro voltou a culpar medidas restritivas contra a pandemia pelo aumento dos preços.

A inflação fechou o ano muito acima da meta estabelecida pelo Banco Central, de 3,75%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, de 2,25% a 5,25%.

"Agora, temos problemas. Inflação. Está o mundo todo com esse problema. Você lembra do fique em casa, a economia a gente vê depois? Estamos vendo a economia. O cara ficou em casa, apoiou e agora quer me culpar da inflação", afirmou o presidnete.

Durante a pandemia, governadores e prefeitos adotaram medidas restritivas como limitação ao horário de funcionamento de comércios e proibição de eventos com aglomeração. As políticas foram adotadas com o objetivo de reduzir o contágio pelo novo coronavírus.

Apesar de criticar esse tipo de medida, o presidente também disse que o Brasil está se recuperando melhor do que os outros países.

"Agora, o país é um dos países que menos está sofrendo na economia. Apesar de ser duro pro povo, sei disso, perdendo poder aquisitivo", afirmou.

De acordo com um levantamento feito pela Nexgen Capital, agente autônomo credenciada à XP Investimentos, entre os países que integram o G-20, grupo das 20 maiores economias do planeta, a alta de preços no Brasil só fica atrás da inflação registrada na Turquia, entre as nações que já divulgaram a inflação até dezembro de 2021. Mesmo tendo divulgado a inflação apenas até novembro, a Argentina ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores inflações globais desse grupo, com alta de preços de 51,2%.