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Kim Kardashian e Floyd Mayweather são processados por supostamente enganar investidores

Investidor que comprou tokens 'EtherumMax' e perdeu dinheiro pede restituição

Kim Kardashian e o ex-campeão do boxe Floyd Mayweather Jr. - Arquivo

A empresária e socialite norte-americana Kim Kardashian e o ex-campeão do boxe Floyd Mayweather Jr. estão sendo processados por supostamente enganar investidores ao promoverem uma criptomoeda chamada EthereumMax.

As celebridades foram pagas paras divulgar o token digital baseado em blockchain para seus seguidores, “fazendo com que os investidores comprassem esses investimentos perdedores a preços inflacionados”, de acordo com a queixa apresentada no tribunal federal de Los Angeles.

Paul Pierce, ex-jogador da NBA, também foi apontado como réu. O processo é movido por um residente de Nova York que comprou tokens EMAX e perdeu dinheiro.

O objetivo é conseguir uma restituição de lucros pelos réus por meio de uma ação coletiva para quem comprou tokens EMAX de meados de maio até o final de junho de 2021.

A reclamação cita violações das leis de proteção ao consumidor da Califórnia e busca restituição pela “diferença entre o preço de compra dos EMAX Tokens e o preço pelo qual esses EMAX Tokens foram vendidos”.

Em setembro, Kim Kardashian entrou na mira do Reino Unido ao promover um anúncio para o Ethereum Max aos seus 250 milhões de seguidores do Instagram.

Charles Randell, chefe da Financial Conduct Authority (FDA), o órgão regulador financeiro do Reino Unido, disse que Kardashian pediu ao seus seguidores que especulassem uma criptomoeda" e acusou influenciadores digitais de alimentar "ilusões de riqueza rápida".

Mayweather, uma das personalidades mais conhecidas do boxe, já entrou em conflito com reguladores por promover investimentos em criptomoedas. Ele foi multado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em 2018 por divulgar ofertas iniciais de moedas nas redes sociais sem revelar que havia sido pago para isso.

Representantes de Kardashian e Mayweather não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Bloomberg. Pierce não foi encontrado para comentar. O processo de 7 de janeiro foi relatado anteriormente pelo Wall Street Journal.

O EMAX é descrito no processo como um “token digital especulativo criado por um misterioso grupo de desenvolvedores de criptomoedas”, que também são apontados como réus no caso. De acordo com a queixa, a EthereumMax não tem conexão com a segunda maior criptomoeda, Ethereum.

“Seria semelhante a comercializar um restaurante como 'McDonald'sMax' quando não tinha nenhuma afiliação com o McDonald's além da semelhança de nome e do fato de ambas as empresas venderem produtos alimentícios”, diz o processo.