Streaming

'Peacemaker' não teme o ridículo e acerta com série engraçada e explosiva 

James Gunn dirige spin-off do filme 'O Esuadrão Suicida', com John Cena novamente no papel do Pacificador

"Peacemaker", série do HBO Max - Divulgação

Uma das cenas pós-crédito do filme “O Esquadrão Suicida", lançado no ano passado, é focada no Pacificador, vivido por John Cena. Era o anúncio do que viria a ser o futuro do personagem: ganhar uma série inteira abordando os seus feitos. “Peacemaker” estreia nesta quinta-feira (13), no HBO Max, com James Gunn de volta à direção, e promete explorar novas facetas do anti-herói saído dos quadrinhos da DC Comics. 

Com um total de oito episódios, o spin-off lança os seus três primeiros capítulos na plataforma de streaming no mesmo dia. Os demais serão lançados semanalmente, um por vez. A série tem início de onde o longa-metragem parou. Após um breve resumo dos acontecimentos retratados no filme, Chris Smith - nome real do protagonista - aparece internado em um hospital, já recuperado de um tiro que quase tirou sua vida. 

Embora até tente fugir de novos confrontos, o polêmico combatente é novamente convocado por uma força-tarefa do governo norte-americano secretamente ordenada por Amanda Waller (Viola Davis), para tentar impedir uma ameaça letal. O alvo, desta vez, é o Projeto Borboleta, cujos objetivos misteriosos vão sendo esclarecidos ao longo da série. Ao mesmo tempo, o enredo trabalha a relação de Chris com o pai (interpretado Robert Patrick), que o criou com ideais antiquados e perigosos.
 

“Peacemaker” é explosivo, ousado, com altas doses de sarcasmo e, principalmente, sabe rir de si mesmo. Gunn já provou que tem, como nenhum outro diretor, a habilidade de aproveitar bem o “lado b” da DC Comics, levando para as telas alguns de seus personagens mais vexatórios, como Mestre Judoca (Nhut Le) e Vigilante (Freddie Stroma), novos parceiros do Pacificador. Desde a abertura - que traz o elenco todo dançando - até as aparições de Eagly, uma águia de estimação que se comporta como um cachorro, a série não teme abraçar o ridículo e usa isso a seu favor.