Bolsonaro não irá à posse de Boric no Chile
O presidente não explicou os motivos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (12) que não comparecerá à posse do esquerdista Gabriel Boric em 11 de março no Chile, mas não explicou os motivos para evitar "problemas".
"Não vou entrar em detalhes, porque eu não sou de criar problemas com relações internacionais, o Brasil vai muito bem com o mundo tudo, tem que ver quem é que vai na posse do novo presidente do Chile. Eu não irei", disse o presidente em entrevista à Gazeta Brasil.
O Brasil foi o último país latino-americano a parabenizar Boric, por meio de nota formal do Itamaraty quatro dias após sua vitória, em 19 de dezembro.
Bolsonaro, um crítico frequente de líderes de esquerda na região, também demorou para parabenizar seu colega argentino Alberto Fernández quando venceu a eleição de 2019.
Tanto para a posse de Fernández quanto para a do peruano Pedro Castillo, também de esquerda, enviou em seu lugar o vice-presidente Hamilton Mourão.
Boric derrotou o candidato de extrema direita José Antonio Kast no segundo turno com mais de 55% dos votos.
O deputado Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente, dedicou vários tuítes para criticar Boric após sua eleição, comparando-o aos líderes venezuelanos Hugo Chávez e Nicolás Maduro.
Durante a eleição, Eduardo Bolsonaro expressou sua preferência por Kast, a quem definiu como um "patriota, bem relacionado internacionalmente".