PANDEMIA

Equador declara quase todo seu território em alerta vermelho por Covid-19

Presidente do Equador, Guillermo Lasso - Rodrigo Buendia / AFP

O Equador declarou 193 de seus 221 cantões em alerta vermelho neste domingo (16), incluindo aqueles em que estão as cidades mais populosas, como Quito e o porto de Guayaquil, e suspendeu as aulas devido ao aumento acelerado dos casos de covid-19.

A medida, que será analisada a 21 de janeiro, se deve ao aumento das infecções, que subiram de 4 mil na semana do Natal para mais de 42 mil na segunda semana de janeiro, disse à imprensa o vice-ministro da Saúde, José Ruales.

Ele acrescentou que "esse número de infecções é o mais alto que vimos desde o início da pandemia" no Equador. Até 2021, o recorde semanal de casos era de 13.037, registrado de 25 de abril a 1º de maio, segundo a Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

Ruales observou que o aumento de infecções é uma tendência que está ocorrendo em todo o mundo devido à combinação da variante ômicron, sua alta transmissibilidade e os recentes feriados de Natal e Ano Novo.

O Equador, com 17,7 milhões de habitantes, registra 614.032 casos (3.469 por 100 mil habitantes) e 34.219 mortes, tornando-se a sétima nação latino-americana com mais óbitos por covid-19, segundo contagem da AFP baseada em números oficiais.

A ministra da Educação, María Brown, indicou que, diante da nova onda da epidemia, as aulas foram suspensas até 21 de janeiro nos cantões que estão em alerta vermelho de risco. Nos 26 cantões em amarelo haverá aulas semipresenciais e nos dois em verde, presenciais.

Ruales acrescentou que, além disso, a lotação nos locais públicos será reduzida para 30% nas localidades vermelhas, 50% nas amarelas e 75% nas verdes.

Além disso, as atividades nas creches para crianças de até quatro anos foram suspensas, pois essa faixa etária ainda não foi vacinada.

O país, que em dezembro tornou obrigatória a vacina anticovid, está imunizando crianças acima dos cinco anos. Já completaram o esquema de vacinação 81% dos equatorianos aptos (13,1 milhões).