Saúde

OMS acredita que pandemia de Covid-19 'está longe de acabar'

Diretor-geral alerta contra a ideia de que a variante ômicron seja benigna

OMS acredita que pandemia de Covid-19 'está longe de acabar' - Christof Stache/ AFP

A pandemia de Covid-19 "está longe de terminar", alertou nesta terça-feira (18) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertando contra a ideia de que a variante ômicron seja benigna. 

"A ômicron continua varrendo o planeta. (...) Não se enganem, a ômicron causa hospitalizações e mortes, e mesmo os casos menos graves sobrecarregam as instituições de saúde", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus em entrevista coletiva em Genebra (Suíça).

"Esta pandemia está longe de terminar e dado o incrível crescimento da ômicron em todo o mundo, é provável que surjam novas variantes", acrescentou.
 

Em 11 de janeiro, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) estimou que, embora a doença ainda esteja em fase de pandemia, a disseminação da variante ômicron transformará a Covid-19 em uma doença endêmica com a qual a humanidade pode aprender a lidar. 

"À medida que a imunidade aumenta na população – e com a ômicron, haverá muita imunidade natural além da vacinação – avançaremos rapidamente para um cenário mais próximo da endemicidade", disse Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinas da EMA, com sede em Amsterdam.

Na Suíça, o ministro da Saúde, Alain Berset, também estimou na semana passada que a variante ômicron poderia ser "o começo do fim" da pandemia.

Mas o chefe da OMS é muito mais cauteloso e mais uma vez ressaltou que a variante ômicron não é benigna.

"Em alguns países, os casos de Covid parecem ter atingido o pico, dando esperança de que o pior desta última onda já passou, mas nenhum país está fora de perigo ainda", disse ele a repórteres.

O responsável expressou particular preocupação com o fato de muitos países terem baixas taxas de vacinação contra a Covid: "As pessoas correm mais risco de sofrer de formas graves da doença ou de morrer se não forem vacinadas".

A "ômicron pode ser menos grave em média, mas a narrativa de que é uma doença leve é enganosa e prejudica a resposta geral e custa mais vidas", disse Tedros.