No Recife, ministro da Saúde critica "narrativa" de que há falta de testes de Covid-19 no Brasil
Segundo Marcelo Queiroga, que fez uma visita à Fundação Altino Ventura (FAV), o Governo Federal distribuirá, até o fim de janeiro, 28 milhões de kits.
Questionado sobre a disponibilidade de testes para diagnóstico da Covid-19 e a posição da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de que poderia produzir mais esse tipo de material caso o Ministério demandasse, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou, nesta terça-feira (18), no Recife, o que chamou de "narrativa" de que faltam insumos para os exames no Brasil. De acordo com o ministro, o Governo Federal distribuirá 28 milhões de kits até o fim de janeiro.
"A dificuldade de testagem é, sobretudo, no setor primário. Interessante que é depois que o Ministério da Saúde anunciou ser favorável à venda dos chamados autotestes nas farmácias. Aí começa a narrativa de que estão faltando testes. Os testes existem, e a Fiocruz produzir esses testes é esforço do Ministério da Saúde, que fortaleceu aquele complexo industrial público para produzir não só testes rápidos, mas RT-PCR", afirmou.
Em viagem oficial, Queiroga veio, nesta terça, a Pernambuco, onde visitou a fábrica da Hemobrás, em Goiana, e recebeu um prêmio na sede da Fundação Altino Ventura (FAV), no Recife. De lá, ele foi para o Procape, também no Centro da capital pernambucana, de onde partiu de volta para Brasília.
CoronaVac infantil
Sobre a vacina pediátrica da CoronaVac, que está sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser liberada no País - hoje, o único imunizante autorizado é o da Pfizer -, o ministro disse que vai avaliar a aquisição do produto caso ele seja aprovado.
"A aprovação depende da Anvisa. A Anvisa aprovando, o Ministério da Saúde vai analisar como sempre analisou. Mas é necessário que [o Instituto Butantan] apresente os dados, as pesquisas, que são realizadas com esse tipo de imunizante... Não só esse, mas qualquer tipo de imunizante", declarou.