SAÚDE

Após adiamento da Anvisa, Queiroga defende autoteste de Covid

Ministro da Saúde diz que governo tem política de testagem da doença no país

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em solenidade na Fundação Altino Ventura, no Recife - Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

Após a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiar a decisão sobre a liberação da venda de autotestes  de Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (19), que irá se manifestar “de maneira tempestiva nos canais competentes”.

"A posição do ministério acerca do autoteste é clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro.  Nós já nos manifestamos favoráveis  à venda de autotestes nas farmácias, em relação à política pública. A política pública são os testes na atenção primária. Nós estamos distribuindo testes aos municípios. Há uma política de testagem no Brasil", afirmou Queiroga.

O ministro rebateu críticas e disse que houve problema de abastecimento de testes, mas que não faltou o produto para a pasta. "Eu não vou adquirir 200 milhões de testes para deixar esses testes vencerem", afirmou.

O pedido de autorização foi enviado à agência na semana passada pela pasta. No documento, o ministério diz que "a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19".

Na solicitação, o ministério  classificou a ferramenta como “excelente estratégia de triagem”. Relatora do pedido, a terceira-diretora da Anvisa, Cristiane Rose Jourdan, sustentou que a aprovação do autoteste pode ser benéfica para o controle da pandemia e que o exame caseiro é simples e de fácil manuseio para a população, mas que o resultado não é conclusivo.

O diretor Romison Mota pediu diligências sobre o tema em até 15 dias, isto é, informações adicionais ao ministério. O diretor-presidente, Antonio Barra Torres, e os demais diretores, Alex Campos e Meiruze Freitas, seguiram o voto de Mota.