Criadores da vacina Sputnik reivindicam 'forte proteção' contra ômicron
A vacina russa ainda não foi homologada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
Os criadores da vacina russa Sputnik V reivindicaram, nesta quinta-feira (20), uma "forte proteção" contra a variante ômicron da Covid-19, somando-se a declarações semelhantes do presidente Vladimir Putin.
O Fundo Soberano russo afirmou que sua vacina tem "um efeito neutralizante da atividade viral duas vezes maior" que de sua concorrente Pfizer, citando um estudo do laboratório italiano Spallanzani em associação com pesquisadores do Centro Gamaleya, inventor da Sputnik V.
A vacina russa ainda não foi homologada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), um processo que está bloqueado há vários meses devido às divergências com Moscou sobre as informações a serem fornecidas.
Putin disse recentemente que a vacina russa é "mais eficaz que as outras usadas no mundo" contra a variante ômicron, muito transmissível.
Na América Latina, a Argentina foi, no final de 2020, o primeiro país a autorizar a Sputnik V, uma vacina já aprovada por 69 nações que também é usada no México, Guatemala, Venezuela e Bolívia, entre outros Estados da região.
As declarações dos criadores da Sputnik chegam em um momento em que a cidade de Moscou registrou nesta quinta-feira um recorde de novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, com 11.557 contágios.
Rússia, o país da Europa com mais mortos de covid-19, registrou 324.060 mortes pela doença desde o início da pandemia, segundo dados das autoridades. Mas uma contagem da agência nacional de estatísticas Rosstat mencionava mais de 600.000 mortes pela pandemia no final de novembro.
O governo russo tem problemas para convencer os cidadãos a se vacinarem, apesar de terem a Sputnik V à disposição. Menos da metade da população está totalmente vacinada hoje.