BRASÍLIA

Aliado de Pacheco admite convite para ser líder do Governo no Senado, mas adia resposta

Suplente Alexandre da Silveira quer evitar desgaste com a bancada do PSD, que ainda não foi consultada

Alexandre da Silveira - Divulgação/PSD

Prestes a tomar posse como senador, o suplente Alexandre da Silveira (PSD-MG) admitiu, em nota, que recebeu o convite do presidente Jair Bolsonaro para se tornar líder do governo no Senado, mas disse que ainda não pode dar uma resposta porque não assumiu formalmente o mandato.

Conforme o Globo antecipou, Bolsonaro está disposto a esperar até o próximo mês para bater o martelo sobre a indicação.

Segundo pessoas próximas, Alexandre tende a aceitar o convite de Bolsonaro, mas primeiro quer conversar com a bancada do PSD, que foi pega de surpresa ontem pela possibilidade.

Alguns senadores do partido, como Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM), fazem oposição ao governo Bolsonaro e ficaram incomodados com a ideia de um representante da sigla ter uma ligação direta com o Palácio do Planalto em ano eleitoral.
 

"Recebi do presidente da República o convite para assumir a liderança do governo no Senado. Acredito que o convite se deu pela nossa capacidade de diálogo e disposição para discutir os projetos que interessam aos brasileiros, acima de qualquer ideologia ou questão partidária", escreveu Silveira, no Twitter.

"Mas como não estou investido do cargo de senador da República, não posso considerar a avaliação da proposta no momento. Meu objetivo é, com responsabilidade e muito trabalho, cumprir um mandato que orgulhe os mineiros e as mineiras, independente de governos ou ideologias", acrescentou.

Silveira deve tomar posse no início do ano legislativo, em fevereiro. Ele vai substituir o senador Antonio Anastasia, indicado a uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).

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Independentemente de assumir a função de liderança ou não, pessoas próximas a Alexandre garantem que ele está disposto a contribuir com o governo Bolsonaro, especialmente na pauta econômica.

A escolha do Planalto pelo parlamentar chama a atenção por ele ser muito próximo ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que já foi alvo de uma série de críticas de integrantes do governo.