Saiba o que é inteligência emocional e aprenda a desenvolvê-la
A habilidade de saber lidar com os elementos que possuem capacidade de provocar um descontrole emocional é fundamental para as relações interpessoais
No dia a dia, estamos expostos aos mais diversos acontecimentos, que podem nos levar, em pouco tempo, da mais intensa alegria até a mais profunda tristeza. Além disso, existem a coragem, o medo, a solidão... Não faltam emoções. Mas elas não estão sozinhas. Em nossa mente existe também a razão, e é o equilíbrio entre razão e emoção que garante o que a psicologia chama de inteligência emocional.
Papa o psicólogo organizacional e gestor de desenvolvimento Cleyson Monteiro, a inteligência emocional é a habilidade de saber lidar com os elementos que possuem capacidade de provocar um descontrole emocional. "Sempre que algo nos desestabiliza, provoca uma ruptura nas nossas emoções, ou seja, abre espaço para uma reação 'explosiva'. A isso, damos o nome de destempero emocional", explica Cleyson.
"Mas nem sempre as atitudes guiadas pelas emoções são as mais sensatas, e é por isso que precisamos racionalizar também, ou seja, dosar corretamente a razão e a emoção nas nossas ações", emendou o especialista.
É comum ouvir que alguém tem o "pavio curto", ou seja, que essa pessoa se irrita com mais facilidade ou que tem uma tolerância menor a adversidades cotidianas. Mas esse comportamento, segundo Cleyson, não é saudável.
A inteligência emocional é fundamental para as relações interpessoais, sejam elas em casa, com a família, ou no trabalho. Como as emoções influenciam nas reações de cada indivíduo, qualquer acontecimento que gere ansiedade pode tirar uma pessoa do eixo estável. "Uma conta para pagar, um prazo apertado no trabalho, um desentendimento no trânsito... Qualquer coisa pode ser capaz de gerar um momento de surto", exemplifica Cleyson.
Um dos sentimentos que tem mais capacidade de desestabilizar as pessoas é a ansiedade. Nos últimos anos, o índice de pessoas ansiosas cresceu, e o Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o país com o maior número de pessoas ansiosas, com 9,3% da população afetada. O psicólogo ressalta que a inteligência emocional só pode ser alcançada através do controle de emoções que provocam essa ruptura de estabilidade.
Além do controle desse medo de uma ação futura, o alcance da inteligência emocional é obtido através do autoconhecimento, exercício que permite entender como o próprio corpo reage ao que acontece. "Precisamos sempre nos conectar com a nossa própria mente e perceber como recebemos cada coisa, conhecer nossos limites e superá-los sempre que for possível e saudável", disse Cleyson, que completou dizendo que é preciso também se conectar com o outro.
"Mas também precisamos de empatia, para nos colocarmos no lugar do outro e entender o que ele passa. Isso nos ajuda a reagir de forma menos individualista." Ainda segundo o psicólogo, as pessoas que desenvolvem essas habilidades são pessoas diferenciadas e que normalmente alcançam sucesso nas suas atividades organizacionais.
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