De olho nas demandas, escolas criam cursos para ensinar 5G
Instituições estão desenvolvendo capacitação para além da áreas de exatas, como para advogados e médicos
As empresas de educação já começaram uma corrida para incluir o 5G em sua programação curricular. A PUC-Rio, por exemplo, criou o curso de extensão "Fundamentos de Sistemas de Comunicações 5G" apenas para graduados em engenharia, matemática, física, ciência da computação, além de profissionais de empresas de telecomunicações.
Mas Rodrigo de Lamare, coordenador do Laboratório de 5G da instituição, diz que haverá cursos no segundo semestre para profissionais que não tem formação técnica, como advogados, médicos, jornalistas e outras profissões.
"Todo mundo vai usar o 5G. É um sistema mais moderno, com maior capacidade de transmissão de dados. O número de antenas vai aumentar em dez vezes. Vamos ter mais capacidade de uso e melhor qualidade da ligação".
Caio Bianchi, gerente de educação continuada da ESPM, diz que a educação terá papel essencial de capacitar os profissionais a continuar inovando e explorando as potencialidades do 5G.
Para isso, a instituição está abordando já o tema em cursos como "Sociedade 5.0 - AI Economy e os Tempos Pós-Normais". Em fevereiro fará o masterclass "Perspectivas do Futuro Inteligente — Muito além da inovação".
"O 5G está chegando para causar mais uma transformação substancial no mercado de trabalho, o que fará com que todas as áreas estejam preparadas para lidar com essa tecnologia. Trabalhamos com o conceito de oferecer capacitação para profissionais em todas as etapas da carreira e da vida".
A Soulcode Academy, por exemplo, acaba de abrir um curso de "Engenharia de Dados", que é voltado para todos os profissionais que tenham interesse em migrar de carreira ou iniciar uma nova profissão. Segundo Fabricio Cardoso,diretor geral da edtech, todos os cursos foram desenvolvidos a fim de suprir parte da defasagem brasileira em tecnologia.
"A implantação do 5G será muito importante para o salto tecnológico no Brasil. Temos muitas pessoas que migraram de carreira durante a pandemia e ressignificaram. A área de tecnologia pode ser para todos", disse Cardoso.