EUA nega pedido da Rússia para descartar uma adesão da Ucrânia à Otan
A carta entregue à Rússia nesta quarta-feira oferece "um canal diplomático sério se a Rússia o desejar", declarou o chefe da diplomacia americana
Os Estados Unidos se negaram nesta quarta-feira (26) a excluir a possibilidade de uma adesão da Ucrânia à Otan, como era solicitado pela Rússia, mas ofereceu o que considera uma "via diplomática séria" para resolver a crise.
A carta entregue à Rússia nesta quarta-feira oferece "um canal diplomático sério se a Rússia o desejar", declarou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e disse que estava pronto a falar com seu contraparte russo, Serghei Lavrov "nos próximos dias".
"Deixamos claro que há princípios básicos que estamos determinados a manter e defender, inclusive a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, e o direito dos Estados a escolherem suas próprias disposições de segurança e alianças", afirmou o secretário de Estado americano à imprensa.
Blinken destacou que a resposta dos Estados Unidos não seria tornada pública "porque acreditamos que a diplomacia tem mais chances de êxito", mas divulgou alguns pontos.
"Sem entrar nos detalhes do documento, posso dizer-lhes que reitera o que Washington vem dizendo publicamente há semanas e em certo sentido há muitos anos: que defendemos o princípio da porta aberta na Otan", disse.
"Falamos da possibilidade de medidas de transparência recíproca em relação a nossas posturas militares, assim como medidas para melhorar a confiança em relação aos exercícios e às manobras militares na Europa", acrescentou.
Neste documento, elaborado em coordenação com Kiev e os europeus, Washington também propõe relançar as negociações com a Rússia sobre o controle de armamentos, em particular sobre a questão dos mísseis estratégicos e as armas nucleares posicionadas na Europa.