Cinzas do vulcão de Tonga mudam a cor do céu no Rio
Tons em rosa são efeito da combinação das partículas da erupção no último dia 15 e da luz do sol no amanhecer e no entardecer
O céu do Rio, que emoldura cartões-postais famosos mundialmente, tem amanhecido diferente nesses últimos dias. O início da manhã tem ganhado tons de rosa. As causas desse efeito vêm de longe, tanto na distância como no tempo. A fumaça do vulcão que entrou em erupção em Tonga, país formado por um conjunto de ilhas no Pacífico Sul, é o componente para essa tonalidade diferente, segundo o ClimaTempo e a MetSul Meteorologia.
A erupção aconteceu no último dia 15, e a fumaça expelida percorreu cerca de 13 mil quilômetros até o céu do Rio. A coloração rosada, que pode chega a um tom arroxeado, ocorre quando o sol ilumina essas partículas do vulcão no amanhecer e no entardecer.
A tendência, segundo o ClimaTempo, é de que o fenômeno continue a acontecer nos próximos dias. As altas temperaturas, que bateram recorde nesta quinta-feira e que não têm influência nesse efeito no céu, também vão seguir.
A MetSul Meteorologia explica que a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apal liberou gás, vapor e cinzas produzidas no processo. Lentamente, essa pluma (cinza vulcânica emitida durante uma erupção) foi se deslocando em direção Oeste, desde o último dia 15. Uma semana depois 22 chegou no Leste da África, foi perdendo intensidade, mas ainda assim cruzou o continente, o oceano Atlântico e chegou à costa brasileira na terça-feira (25).
A plataforma Zoom Earth, especializada em imagens de satélite em tempo real, publicou em seu Twitter o momento em que as cinzas chegaram à costa brasileira.