RIO DE JANEIRO

Advogado do dono do quiosque onde congolês foi morto nega envolvimento no crime

Até agora, o proprietário do quiosque ainda não foi identificado

Defesa do quiosque onde congolês foi morto nega envolvimento no crime - Reprodução

O dono e o funcionário do quiosque Tropicália, na Barra, onde o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe foi brutalmente espancado até a morte, prestaram depoimento na tarde desta terça-feira (1). Ainda que o caso esteja sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), eles foram ouvidos na 16ª DP (Barra da Tijuca), que não tem qualquer atribuição concreta sobre o caso. A mudança teria sido feita para despistar a imprensa.

Até agora, o proprietário do quiosque ainda não foi identificado. De acordo com os advogados que representam o Tropicália, o dono do lugar não é o mesmo que consta no CNPJ da Orla Rio, e não tem qualquer envolvimento com o crime. A defesa também nega qualquer imbróglio envolvendo dívidas com a vítima.

"Infelizmente, um pai de família, um homem religioso, que tem filho pequeno, está sendo ameaçado, está sendo injustiçado", disse um dos advogados, sem confirmar a identidade do cliente. "Não cabe a nós imputar agressão a ninguém. Só podemos dizer que as pessoas que aparecem no vídeo não são seguranças e nem tem vínculo algum com o quiosque."
 

Na versão dos advogados, apenas um funcionário trabalha à noite no quiosque. No caso, um senhor de idade e que não teria qualquer ligação com o crime. Quando questionados sobre o motivo de a polícia e o socorro não terem sido acionados, eles se limitaram a dizer que, no dia do ocorrido, o funcionário estaria sem celular.

Ainda segundo os advogados, a confusão teria começado numa tentativa da vítima de invadir o Tropicália para pegar uma cerveja e já estaria aparentemente embriagado.