Futebol

Presidente do Lyon critica calendário e se diz decepcionado com brasileiros do clube

A presença na seleção brasileira de Lucas Paquetá e de Bruno Guimarães, os impediu de disputar uma partida adiada da Ligue 1

Lucas Paquetá, meia brasileiro e destaque do Lyon - OLIVIER CHASSIGNOLE / AFP

O presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, declarou nesta quarta-feira em entrevista coletiva que se sente decepcionado com seus jogadores brasileiros selecionados para disputar as eliminatórias para a Copa do Catar-2022 contra Equador e Paraguai no momento em que a Seleção já está classificada e aproveitou para criticar a falta de uniformidade nos calendários. 

A presença na seleção brasileira de Lucas Paquetá, que além de tudo estava suspenso para a partida contra o Equador, e de Bruno Guimarães, que não jogou em Quito e que acabou sendo transferido para o Newcastle no domingo, os impediu de disputar uma partida adiada da Ligue 1 na terça-feira contra o Olympique de Marselha, crucial para as aspirações do Lyon de disputar a próxima Liga dos Campeões e que acabou vencendo por 2 a 1. 

"Estou decepcionado. Este encontro marcado em uma data em que não podíamos contar com nossos jogadores brasileiros nos levou a nos encontrar com eles para tentar convencê-los a não ir para a seleção", explicou Jean-Michel Aulas. 

"Eu sei que eles não tiveram escolha (a não ser ir), mas de qualquer forma eles não nos deram nenhuma esperança quando nos reunimos", disse ele. 

"Peço à ECA (Associação Europeia de Clubes) e à Federação que defendam os interesses das seleções e campeonatos nacionais em termos de calendário para evitar uma má coordenação. A Fifa fala de um Mundial de dois em dois anos... É preciso solucionar isso!", reclamou. 

Aulas relacionou esse problema à iniciativa de um grupo de grandes clubes europeus de criar uma Superliga fechada. "Existem outras formas de resistir, mas é necessário que tanto as Federações quanto a ECA regulem (o calendário) junto com a Fifa e a Uefa". 

Aulas também se decepcionou com a saída de seu diretor esportivo, o também brasileiro Juninho Pernambucano. "Me deixa muito triste. Não temos contato. A decisão de sair foi do Juninho sem nem nos avisar", lamentou o presidente sobre aquele que foi craque do time nos anos 2000 e maior responsável da área de esportes do clube até dezembro.