Familiares e amigos de Kauany Mayara pedem justiça durante enterro da jovem
A mãe da jovem, Michele Marques, e a irmã Mirelle precisaram ser amparadas
Comoção e pedidos de justiça marcaram o enterro da jovem Kauany Mayara Marques da Silva, de 18 anos, assassinada no município de Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco.
O corpo foi sepultado no fim da manhã desta quinta-feira (3), no Cemitério de Santo Amaro, no centro do Recife, após ser liberado pelo Instituto de Medicina Legal de Pernambuco (IML-PE).
A família e amigos de Kauany acompanharam o cortejo. A mãe da jovem, Michele Marques, e a irmã Mirelle precisaram ser amparadas.
“Ai, meu Deus. Não faz isso com a minha filha não”, dizia Michele. “Meu coração de mãe pede justiça. Eu tenho seis filhos, mas o buraco no coração por Kauany não vai fechar nunca. Estou arrasada”, falou, emocionada.
A jovem Mirelle chorava a perda da irmã e pedia para o crime não ficar impune. “O que ele fez a minha irmã, eu só peço que o que a justiça puder fazer, ela faça, que peguem ele”, comentou.
A dona de casa Lindaci Marques da Silva, de 64 anos, tia de segundo grau da vítima, também acompanhou o sepultamento. “Não está sendo fácil, como não é fácil para ninguém. Eu espero justiça, para que não sejam feitas mais vítimas por aí”, disse.
A certidão de óbito apontou que a morte da jovem Kauany Maryara Marques da Silva ocorreu no último dia 30 de janeiro. A causa indicada foi Traumatismo Crânio Encefálico Grave.
O corpo da jovem foi encontrado dentro de um bueiro, em avançado estado de decomposição, na última terça-feira (1º). Ela estava desaparecida desde o sábado (29).
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, o principal suspeito de ter cometido o assassinato é Edson Cândido Ribeiro, de 35 anos.
Ele também é suspeito de ter estuprado e assassinado a jovem Jailma Muniz da Silva, de 19 anos, enterrada nesta quarta-feira (2), em Glória do Goitá. Os crimes levaram medo e revolta aos moradores do município.
O laudo que indicará se Kauany Maryara também foi vítima de violência sexual ainda será divulgado pelo IML. A família da jovem conhecia o suspeito.
“A minha irmã mora com a mãe dele. Eu sempre achei ele muito estranho. Ele não é ser humano, ele é frio, tem muita maldade”, comentou a mãe de Kauany. “Eu sinto que tenho meus filhos, mas sempre terei o meu coração vazio”, lamentou.