Violência

Ministério Público do Trabalho abre investigação sobre morte de congolês no Rio

MPT vai analisar a relação trabalhista entre Moïse Mugenyi Kabamgabe e o quiosque, na Barra da Tijuca

Moïse Kabamgabe, congolês morto em quiosque na Barra da Tijuca - Reprodução

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) abriu investigações sobre as circunstâncias da morte do congolês Moïse Kabamgabe, espancado em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, no último dia 24. O procedimento correrá paralelamente às investigações criminais, a cargo da Delegacia de Homicídios da capital.

Segundo o órgão, o jovem de 24 anos trabalhava no local e foi morto depois de ter cobrado o pagamento de diárias atrasadas. A investigação do MPT vai analisar a relação trabalhista entre ele e o estabelecimento.
 

"A denúncia aponta para o possível trabalho sem o reconhecimento de direitos trabalhistas, podendo configurar, inclusive, trabalho em condições análogas à de escravo, na modalidade trabalho forçado, de xenofobia e de racismo.", afirmou o MPT, em nota.

Imagens de uma câmera de segurança do quiosque Tropicália mostram que o estrangeiro foi agredido por pelo menos quatro homens com socos, chutes e mais de 30 pauladas, parte delas quando já estava imobilizado no chão, próximo a uma escada de acesso à praia. Após cerca de 30 minutos, os criminosos aparecem ainda tentando reanima-lo, sem sucesso.