Exército da Polônia anuncia início do envio de reforços dos EUA ao país
Iniciativa visa tranquilizar os aliados preocupados com a tensão entre a Rússia e a Ucrânia
O envio de reforços americanos à Polônia para tranquilizar os aliados, preocupados com a tensão russo-ucraniana, começou, declarou neste sábado (5) à AFP um porta-voz do Exército polonês.
"Os primeiros militares chegaram ao aeroporto de Jesionka" (sudeste), declarou o major Przemyslaw Lipczynski, acrescentando que as principais forças de um contingente americano de 1.700 soldados planejam desembarcar "em breve".
O major Lipczynski afirmou que os preparativos logísticos "começaram desde a semana passada". Neste sábado, um avião com soldados da 82ª divisão aerotransportada pousou em Jesionka.
Segundo um comunicado do Exército americano, o general Christopher Donahue, comandante da 82ª Divisão, já chegou à Polônia. "A presença do nosso corpo serve para reforçar as forças americanas existentes na Europa e mostra o nosso compromisso com os nossos aliados e parceiros da Otan", declarou neste sábado o capitão Matt Visser, porta-voz do XVIII Corpo Aerotransportado dos EUA, do qual faz parte a 82ª Divisão.
O órgão inclui forças com capacidade de combate, que estão "preparadas para aumentar a capacidade da Aliança de deter e derrotar a agressão russa", de acordo com o texto.
Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira o envio de 3.000 soldados adicionais ao leste da Europa para defender os países da Otan "contra qualquer agressão", em meio aos esforços diplomáticos para convencer a Rússia de retirar as tropas estacionadas na fronteira com a Ucrânia.
As novas tropas americanas somam-se aos 8.500 militares colocados em estado de alerta no final de janeiro pelo presidente Joe Biden para serem enviados na força de reação rápida da Otan em caso de necessidade.
A Rússia mobilizou dezenas de milhares de soldados na fronteira com seu país vizinho há meses, o que para os ocidentais é uma demonstração clara de que há um plano militar iminente.
A Rússia nega as acusações e se diz ameaçada pela Otan, a quem pede que não se amplie e, portanto, que não inclua a Ucrânia e se retire da área do leste da Europa.