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Presidente do Spotify defende permanência do comentarista polêmico Joe Rogan

A polêmica começou quando vários artistas pediram para sair da plataforma musical devido a acusações de que o programa de Rogan contém desinformação sobre a Covid-19

Fundador e presidente do Spotify, Daniel Ek - Reprodução / Twitter

Apesar da polêmica, o CEO do Spotify defendeu manter na plataforma o podcast do comentarista polêmico Joe Rogan, mas "condenou" alguns de seus comentários, segundo um e-mail enviado aos funcionários ao qual a AFP teve acesso.

O fundador sueco deste gigante do streaming de áudio, Daniel Ek, confirmou que vários episódios do programa de Joe Rogan foram retirados da plataforma no fim de semana, devido ao fato de apresentarem declarações racistas. 

"Condeno energicamente as declarações de Joe e apoio a decisão de retirar os episódios da plataforma", mas afirmou que não acredita que "isolar o comentarista no silêncio" seja a resposta. 

Depois de uma série de "discussões" com o Spotify e após uma "reflexão", Rogan decidiu retirar alguns episódios de seu programa, confirmou Ek. 

O comentarista tem um contrato estimado em 100 milhões de dólares com a plataforma e, segundo alguns jornais, até 70 episódios foram apagados. 

Segundo os relatos, Rogan usou expressões racistas como a palavra "nigger", termo muito ofensivo em inglês para se referir a uma pessoa negra.

No sábado, Rogan pediu desculpas, mas negou ter usado a expressão para se referir a pessoas negras em um contexto racista. 

"Nunca a usei para ser racista, porque não sou racista", disse. 

A polêmica começou após a denúncia de vários artistas que pediram para sair da plataforma musical devido a acusações de que o programa de Rogan contém desinformação sobre a Covid-19.

Rogan é acusado de desencorajar a vacinação entre os jovens e promover o uso não autorizado de um medicamento antiparasitário para tratar o vírus.