Rússia acusa Ocidente de pressão com fornecimento de armas à Ucrânia
Moscou concentra tropas perto da Ucrânia, mas nega plano de invasão
Autoridade russa de alto escalão acusou o Ocidente, nesta quarta-feira (9), de aumentar a pressão política sobre Moscou ao fornecer armas e munições para apoiar a Ucrânia, durante impasse sobre escalada militar russa.
Moscou concentrou tropas perto da Ucrânia e programou exercícios militares na Bielorrússia, aliada próxima ao norte da Ucrânia, provocando temores de que possa invadir o país. A Rússia nega qualquer plano para atacar a Ucrânia.
Países como os Estados Unidos e o Reino Unido forneceram ajuda militar à Ucrânia, que incluiu mísseis antitanque e lançadores para ajudá-la a se defender. Outros, como a Alemanha, enviaram capacetes, evitando ajuda com armamento letal.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que os suprimentos militares para a Ucrânia representam "chantagem e pressão" ocidentais.
"Tudo o que está acontecendo em termos de abastecer a Ucrânia com equipamentos, munições, equipamentos militares, incluindo armas letais, é uma tentativa de colocar pressão política adicional sobre nós, bem como provavelmente pressão técnica militar", disse Ryabkov, segundo a agência de notícias RIA.
O desejo da Ucrânia de se aproximar politicamente do Ocidente é visto no exterior como uma das principais preocupações de Moscou, que busca garantias de segurança do Ocidente para vetar a adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e interromper a expansão da aliança militar em direção ao leste.